Decisão de tribunal egípcio sobre braço armado é política, diz Hamas

  • Por Agencia EFE
  • 31/01/2015 14h11

Gaza, 31 jan (EFE).- O movimento islamita Hamas avaliou neste sábado como “política” a sentença de um tribunal egípcio que classificou seu braço armado, as Brigadas Izadín al Qasam, como organização terrorista, permitindo assim a prisão de qualquer de seus membros.

“A decisão da corte egípcia é puramente política e só serve aos interesses da ocupação israelense”, declarou o porta-voz do Hamas, Samu Abu Zuhri, em um comunicado no qual também pede à Justiça do Egito que revise a sentença.

A determinação não afeta o braço político do Hamas. Apenas classifica como terrorista as Brigadas Izadín al Qasam.

“Como movimento de libertação que só luta contra a ocupação israelense, o Hamas rejeita completamente a decisão da corte e que (nosso) nome seja envolvido nos assuntos internos egípcios”, acrescentou o porta-voz.

Um dos advogados que apresentou a denúncia contra o grupo palestino explicou à agência oficial “Mena” que as Brigadas de Izadin Al Qasam participaram de várias operações hostis em território egípcio contra o Exército e a polícia.

Além disso, acusou a organização e o Hamas de financiar ataques terroristas no Egito, onde os membros chegam através dos túneis construídos entre a faixa palestina e Gaza e na Península do Sinai.

As Brigadas Izadin al Qasam também são acusadas de contribuir para a instabilidade política do país desde a revolução de 25 de janeiro de 2011.

No dia 4 de março de 2014, o mesmo tribunal egípcio decidiu proibir todas as atividades do Hamas no país e determinou o fechamento de todos os escritórios do grupo.

Antigos responsáveis egípcios testemunharam em abril do ano passado, durante uma sessão do julgamento do presidente deposto Mohammed Mursi, que membros do Hamas e do grupo libanês Hezbollah estavam por trás dos ataques contra prisões registrados durante a revolução que derrubou Hosni Mubarak. EFE

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