Perdido há 9 dias no Peru, geólogo é achado e diz que companheiros morreram

  • Por Agencia EFE
  • 21/07/2015 12h48

Lima, 21 jul (EFE).- Um geólogo que ficou perdido durante nove dias perto da fronteira do Peru com o Equador foi resgatado na segunda-feira e informou que seus três companheiros, com os quais procurava um acampamento de mineração, aparentemente morreram, conforme informou a imprensa local nesta terça-feira.

Manuel Herrera Peña, de 25 anos, foi encontrado por guardas e policiais em uma casa abandonada na base de Cerro Negro, a duas horas da cidade de Cabuyal, na região de Piura, detalhou o jornal “El Comercio”.

O geólogo integrava uma comitiva de expedicionários da mineradora de capitais chineses Río Blanco Copper que foram considerados perdidos a partir do dia 11 de julho.

O homem afirmou que sobreviveu “comendo ervas e frutas do monte” e tomando água dos rios, enquanto caminhava sozinho durante quatro dias em busca de ajuda.

Segundo ele, dois de seus companheiros, o topógrafo Orlando Pastrana Quezada, de 36 anos, e o cozinheiro Segundo Tacure Saavedra, de 28 anos, morreram há uma semana. O geólogo disse que tem dúvidas se a comunicadora Aleida Dávila Montes, de 34 anos, ainda esteja viva.

Herrera Peña comentou que esteve junto a Dávila Montes até a quinta-feira passada, mas depois a deixou para buscar ajuda porque ela “estava muito cansada e sem forças”.

“O clima nos prejudicou. Choveu todos os dias, ficou nublado, o céu se fechou e ficamos desorientados”, revelou ao jornal.

O homem foi levado até a cidade de Piura em um helicóptero da Força Aérea do Peru e internado em uma clínica, onde deu mais informações sobre a região onde seus companheiros possam estar.

A última localização noticiada pelos desaparecidos foi registrada no dia 10 de julho, a 3,5 mil metros de altitude, em um ponto que pertence à província de Huancabamba, na região de Piura.

Os desaparecidos iniciaram no dia 4 de julho uma expedição pela serra andina para chegar a um acampamento de exploração do projeto minerador Río Blanco, abandonado há seis anos e onde deveriam realizar diversas análises topográficas. EFE

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