Segundo novo índice oficial, Argentina registra inflação de 2,6% em março

  • Por Agencia EFE
  • 15/04/2014 17h44

Buenos Aires, 15 abr (EFE).- A inflação na Argentina se situou no último mês de março em 2,6%, o que representa uma desaceleração frente aos índices registrados nos dois primeiros meses do ano, informou nesta terça-feira o ministro da Economia, Axel Kicillof.

“Observamos uma desaceleração na trajetória do índice geral de preços”, destacou o ministro em entrevista coletiva.

A inflação foi de 3,7% em janeiro e de 3,4% em fevereiro, de acordo com o novo índice de preços ao consumidor elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos.

Segundo Kicillof, “esta desaceleração começa a ser sentida graças ao programa Preços Cuidados”, que fixa os valores de duas centenas de bens de consumo em massa, “e à revisão de preços que tinham sido aumentados de forma inadequada”.

“Esta desaceleração se estendeu também às primeiras duas semanas de abril”, assegurou o ministro, com base em dados da pasta que conduz.

Março é o terceiro mês no qual o governo mede a inflação com um novo indicador, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos, que substituiu outro muito criticado vigente desde 2007, que só media preços em Buenos Aires e sua periferia.

Tal como fazem todos os meses, deputados da oposição informaram hoje que o índice de inflação média, com base em cálculos de consultoras privadas, foi em março de 3,3% e de 37,26% desde o terceiro mês de 2013.

Kicillof voltou hoje a questionar a falta de rigor metodológico das medições privadas da inflação.

“A falta de rigor é evidente, mas difícil de detalhar porque de nenhum dos índices que publicam conhecemos absolutamente nada de sua metodologia”, se queixou o ministro da Economia.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos, a partir da antiga metodologia, a inflação foi no ano passado de 10,9%, enquanto para as consultoras privadas chegou a 28,3%.

Para este ano, a lei de Orçamento prevê que a inflação seja de 10,4%, mas para consultores privados a inflação não seria menor que 30%. EFE

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