Comunidade LGBT pede mudanças na política de identidade do Facebook

  • Por Agencia EFE
  • 18/09/2014 00h36

San Francisco, 17 set (EFE).- Representantes da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) da área de San Francisco pediram nesta quarta-feira ao Facebook, em reunião com representantes da empresa, que mude a política que exige aos usuários identificar-se por seu nome real na rede social.

Em um encontro na sede social do Facebook em Menlo Park (Califórnia), uma dezena de membros da comunidade LGBT, entre eles várias drag queens, as principais impulsoras do pedido, pediram aos responsáveis do departamento de Compromisso com a Comunidade do Facebook a mudança dessas políticas.

“Eu gostaria de poder anunciar melhores notícias a respeito do nosso encontro com os representantes do Facebook, mas só posso dizer que foi ok”, disse em entrevista coletiva posterior à reunião Sister Roma, a principal representante do protesto que as drag queens dirigem contra o Facebook.

“No entanto, posso garantir a todos aqueles usuários da rede social que usam pseudônimos que sua voz está sendo escutada”, acrescentou.

Acompanhadas pelo supervisor do condado de San Francisco, David Campos, e por outros membros da comunidade LGBT, as drag queens ofereceram uma entrevista coletiva na prefeitura da cidade, na qual lamentaram a falta de avanços na reunião com o Facebook, mas garantiram que a empresa se comprometeu a seguir escutando seus pedidos.

“Fomos à reunião com a vontade que o Facebook reconhecesse que esta política é incorreta e que se comprometesse a iniciar os passos para corrigi-la, mas infelizmente não foi assim”, comentou Campos.

O Facebook, por sua parte, evitou avaliar o encontro, mas reconheceu sua realização.

Na semana passada vários usuários do Facebook nos Estados Unidos denunciaram que suas contas tinham sido bloqueadas sob a indicação que não voltariam a ser ativadas até que mudassem o pseudônimo que utilizavam por seu nome real, “aquele que aparece na carteira de motorista ou no cartão de crédito”.

O Facebook redobrou durante os últimos dias seus esforços para conseguir que todos seus usuários se identifiquem na rede por seus nomes reais, algo que faz parte da vontade da companhia desde sua fundação, e fazer assim da rede social um lugar mais transparente no qual ninguém possa refugiar-se no anonimato.

No entanto, esta política do Facebook choca frontalmente com os desejos de multidão de usuários de não entregar seus dados ao gigante das redes sociais, assim como com os interesses dos membros da comunidade transgênero, que utilizam habitualmente um nome que não corresponde ao oficial. EFE

arc/rsd

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