Irmãos britânicos são presos após receber treinamento terrorista na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 26/11/2014 16h08

Londres, 26 nov (EFE).- Um tribunal britânico condenou dois irmãos nesta quarta-feira a diferentes penas de prisão por terem participado de um campo de treinamento para terroristas na Síria, no que representa a primeira condenação no Reino Unido por este tipo de delito.

Mohommod Nawaz, de 30 anos, e Hamza Nawaz, de 24, ambos de nacionalidade britânica, foram condenados pelo tribunal penal de Old Bailey em Londres a quatro anos e meio e a três anos de prisão, respectivamente.

Os dois irmãos foram detidos no último mês de setembro passado em Dover, cidade portuária no sul da Inglaterra, quando retornavam ao Reino Unido munidos de cartuchos de munição e fotografias como lembrança de sua passagem pelo campo de treinamento.

O irmão mais novo já tinha cumprido uma condenação de três anos por sequestro, enquanto o mais velho, o “principal instigador” da viagem à Síria, segundo o juiz, viu sua pena aumentada por uma acusação de posse de armas.

O magistrado Christopher Moss considerou provado que ambos foram “treinados durante sua estadia (na Síria) para apoiar a luta dos rebeldes”.

O detetive chefe da unidade antiterrorista da polícia britânica, Terry Nicholson, qualificou como “representativa” a sentença, que se prevê como a primeira de uma série de casos similares que já estão nas mãos da Justiça.

Nicholson ressaltou ainda que a colaboração das famílias dos jovens que viajam à Síria para integrar-se em grupos extremistas exerce um papel essencial para prevenir o retorno de potenciais terroristas para o Reino Unido.

A detenção dos irmãos Nawaz em Dover aconteceu precisamente porque seus parentes entraram em contato em agosto com a polícia para advertir que ambos estavam desaparecidos.

Os irmãos disseram em sua casa que iriam a Walthamstow, no leste de Londres, para um almoço, mas, ao invés disso, viajaram até a França no carro do irmão mais novo.

De Lyon tomaram um voo rumo à Turquia, onde finalmente cruzaram a fronteira para alistar-se em um campo comandado pelos jihadistas. EFE

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