Juiz que investiga empresa de Cristina Kirchner é denunciado por corrupção

  • Por Agencia EFE
  • 26/11/2014 22h49

Buenos Aires, 26 nov (EFE).- O senador governista Marcelo Fuentes denunciou nesta quarta-feira, por enriquecimento ilícito, o juiz Claudio Bonadío, encarregado de investigar supostas irregularidades em uma empresa hoteleira da qual é acionista a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Bonadío ordenou uma operação de busca e apreensão na quinta-feira passada na sede em Buenos Aires da Hotesur, gerente do luxuoso hotel Alto Calafate, na província sulina de Santa Cruz, na Patagônia argentina, propriedade de Cristina, por causa de uma denúncia apresentada pela legisladora opositora Margarita Stolbizer.

Stolbizer acusa Cristina e outros funcionários do governo, como o ministro da Justiça, Julio Alak, de violar os deveres de funcionário público e de abuso de autoridade na gestão de dita empresa.

Por sua vez, Fuentes acusa Bonadío de ter uma participação acionária de 20% na empresa Mansue S.A., dedicada à venda de combustível, segundo informa a Infojus, a agência de notícias judiciais que depende do Ministério da Justiça da Argentina.

“Sugestivamente, o acionista majoritário é um parente direto seu, Carlos Alberto Bonadío, que possui 40% da empresa, junto a Fernando e Alejandro Climent, que completam o pacote acionário com 20% cada um”, detalhou Fuentes.

Segundo a denúncia, Bonadío não poderia fazer parte da sociedade respectiva já que o regulamento para a Justiça Nacional não permite aos magistrados exercer o comércio ou atividade lucrativa alguma sem autorização da autoridade de superintendência, neste caso a Câmara Nacional de Apelações no Criminal e Correcional Federal.

Fuentes também destacou que essa empresa “não teria apresentado perante a Inspeção Geral de Justiça os balanços correspondentes aos anos de 2011 e 2012”.

Nesse sentido, o senador solicita que seja realizada “uma profunda investigação em relação à evolução patrimonial” do juiz “para de determinar se pode ter existido um aumento não justificado em sua situação econômica”. EFE

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