Justiça egípcia inclui Ansar Beit al Maqdis em lista de grupos terroristas

  • Por Agencia EFE
  • 18/04/2015 15h52

Cairo, 18 abr (EFE).- Um tribunal do Egito incluiu Ansar Beit al Maqdis, atual Wilayat Sina, na lista de grupos terroristas, depois de terem jurado lealdade ao jihadista Estado Islâmico (EI) e que reivindicou muitos dos atentados perpetrados no Egito desde 2013.

A Procuradoria Geral egípcia informou que a corte também definiu como terroristas, a pedido do Ministério Público, o líder do grupo, Tawfiq Mohamed Ziadah, e outros 207 membros.

Eles são acusados de formar, liderar e se unir a um grupo terrorista, atacar os direitos dos cidadãos, prejudicar a paz e a união nacional, sabotar propriedades públicas e espionar para o grupo palestino Hamas.

Outras acusações são: tentativa de assassinato e posse ilega de armas. As investigações mostraram que os membros de Ansar Beit al Maqdis receberam treinamento da Al Qaeda em vários países.

Os processados são acusados de 54 delitos, entre eles a tentativa de assassinato do ministro egípcio do Interior, Mohammed Ibrahim, em setembro de 2013; e os atentados contra as direções da Segurança do Cairo e da província de Dakahlia , em 2014 e 2013, respectivamente.

O julgamento começou em 5 de março.

A decisão de qualificar o grupo como “entidade terrorista” é o cumprimento da lei antiterrorista promulgada pelo presidente egípcio, Abdul Fatah Al Sisi, em fevereiro, que determina a criação de uma lista tanto de pessoas como de organizações terroristas no país.

A norma define como “entidade terrorista toda associação ou organização que tenha o objetivo de alterar a ordem pública ou ameaçar a segurança ou os interesses da sociedade”.

Em abril de 2014, antes da aprovação da lei, a Corte de Assuntos Urgentes do Cairo decidiu que Ansar Beit al Maqdis (Seguidores de Jerusalém) era um grupo terrorista.

O procurador-geral egípcio, Hisham Barakat, ordenou em março a inclusão na lista de terroristas de 18 líderes da Irmandade Muçulmana, declarada organização terrorista em dezembro de 2013.

Os atentados terroristas, principalmente contra a polícia e o exército, aumentaram no Egito desde o golpe militar de 2013, que depôs o então presidente islamita, Mohammed Mursi.EFE

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