PF prende acionista da Galvão Engenharia pela Operação Lava Jato

  • Por Agencia EFE
  • 27/03/2015 13h12

Rio de Janeiro, 27 mar (EFE).- A polícia cumpriu nesta sexta-feira duas ordens de detenção contra envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras, entre eles o principal executivo da construtora Galvão Engenharia, informaram nesta sexta-feira fontes oficiais.

As duas detenções preventivas e uma ordem de revista foram expedidas pelos juiz federal Sergio Moro, que conduz todas as ações penais da Operação Lava Jato, e executadas na madrugada por dez agentes nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, informou a Polícia Federal em comunicado.

Os dois presos foram identificados como Guilherme Esteves, acusado de distribuir recursos desviados da Petrobras entre os membros da rede de corrupção, e Dario Queiroz Galvão, um dos principais executivos e proprietários da construtora Galvão Engenharia.

Esta empresa é uma das 23 construtoras acusadas de integrar o cartel que superfaturava os contratos da Petrobras em troca do pagamento de subornos.

A detenção aconteceu apenas dois dias depois que a Galvão Engenharia entrou com pedido de recuperação judicial, alegando que a situação financeira se agravou depois de tomar calotes, entre eles da Petrobras.

O processo judicial comandado por Moro foi instaurado em março do ano passado para desmontar uma rede que combinava os contratos da maior empresa do Brasil com várias construtoras, elevava artificialmente o valor dos mesmos e distribuía a diferença em subornos pagos a altos funcionários da estatal e a dezenas de políticos que facilitavam os negócios ilegais.

Segundo as investigações, as corrupções se estenderam por mais de dez anos, pudem ter iniciado na década de 1990 e desviaram uma quantidade não precisada de bilhões de dólares.

Ao longo das investigações, foram detidos cinco ex-altos cargos da empresa e uma dezena de executivos de importantes construtoras.

Alguns dos detidos aceitaram acordos de colaboração com a justiça em troca de uma futura redução de penas e denunciaram cerca de 50 políticos que teriam permitido as ilegalidades, entre os quais os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. EFE

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