Rohani envia chefe de gabinete para se unir a negociadores em Viena

  • Por Agencia EFE
  • 03/07/2015 12h06

Teerã, 3 jul (EFE).- O presidente do Irã, Hassan Rohani, enviou nesta sexta-feira a Viena seu chefe de gabinete, Mohamad Nahavandian, para se unir à equipe de seu país nas negociações nucleares com as potências do Grupo 5+1, em um movimento que a imprensa qualificou como “missão especial”.

Segundo informa a agência oficial iraniana “Irna”, Nahavandian partiu já rumo à capital austríaca após ter deixado uma mensagem na rede social Instagram na qual pede a seus compatriotas que rezem por ele “em sua missão”.

A “Irna” indicou que Nahavandian exercerá o papel de “consultor” para a equipe negociadora.

Nos últimos dias, a negociação sobre o polêmico programa nuclear iraniano se caracterizou por um prudente otimismo, depois que as partes reconheceram que ocorreram avanços rumo a um acordo definitivo.

As grandes potências negociadoras (EUA, França, China, Reino Unido, Rússia e Alemanha) e o Irã marcaram para o dia 7 como nova data limite para chegar a um acordo que limite o programa atômico iraniano, que deverá estar destinado a usos civis, mas não poderá derivar para a construção de uma bomba atômica.

Em troca de reduzir seu programa nuclear, ao Irã seriam levantadas as sanções internacionais que há anos estrangulam sua economia.

Apesar de quase não ter informações oficiais a respeito, nos últimos dias aumentaram os comentários sobre avanços em dois grandes assuntos a serem resolvidos: o ritmo ao qual seriam levantadas as sanções econômicas contra o Irã e o regime das inspeções às quais seriam submetidas as instalações nucleares e militares iranianos.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, viajou ontem a Teerã para se reunir com Rohani, em um movimento que segundo dita agência dependente das Nações Unidas, serviu para que ambas as partes “entendam melhor” como resolver as dúvidas que existem sobre se o programa atômico do Irã oculta uma dimensão militar.

A AIEA trata há dez anos de esclarecer a verdadeira natureza do programa atômico iraniano e será encarregada de verificar se o Irã está cumprido o possível acordo que fará com os outros envolvidos. EFE

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