Reformas da Previdência, tributária e política são prioridades, diz Marina Silva

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/04/2018 16h28
Divulgação/Rede Letra mistura os versos a trechos do nosso hino nacional
Pré-candidata pela Rede à Presidência da República, a ex-senadora Marina Silva declarou nesta terça-feira (17) que as reformas da Previdência, tributária e política serão prioridades em seu governo e que não pretende tirar “nenhum coelho da cartola” quando o assunto é economia.

“Na área econômica, digo sempre que não vamos precisar reinventar a roda”, disse a ex-ministra do governo Lula. “A gente precisa tirar o coelho da gaiola, porque ele foi engaiolado há alguns anos e por isso voltamos a ter inflação, déficit público e um monte de problemas”, disse.

Marina, que palestrou durante a 19ª Conferência Anual de Investidores do Santander, veio acompanhada do economista Eduardo Giannetti da Fonseca e Basileu Margarido, que integram a sua equipe econômica. Ela também disse receber colaboração do economista André Lara Rezende e, no debate sobre a reforma tributária, do Instituto de Cidadania Fiscal, de Bernard Appy.

Em relação à reforma da Previdência, a pré-candidata disse não concordar com o projeto enviado pelo governo do presidente Michel Temer, que não teria a legitimidade necessária para conduzir as reformas. Já sobre a reforma tributária, Marina defendeu uma simplificação da estrutura, se possível com a criação de um imposto único sobre valor adicionado. “Não dá para ser populista e dizer que dá pra reduzir tributos, mas também não devemos aumentá-los”, acrescentou, mencionando as grandes carências que o Brasil enfrenta em temas como educação e saúde.

Questionada sobre o que trouxe de aprendizado das eleições passadas, Marina disse que, em 2014, viu que “muitos candidatos disputavam não a Presidência, mas o comando de uma organização criminosa”. Este ano, continuou, “muita gente que disputa a eleição quer na verdade um salvo conduto”, acusou.

A presidenciável defendeu ainda a prisão após segunda instância, mas disse que é preciso avançar no sentido de restringir o foro privilegiado das autoridades. “Isso criou uma clara injustiça: os que têm prerrogativa de foro ficam impunes. Só no Congresso Nacional temos cerca de 200 investigados, sem falar naqueles que estão escondidos dentro do Palácio do Planalto”.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.