Eu e Márcio França estamos em campos opostos, diz Doria

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil "Com relação a promessa ou não promessa, o julgamento disso será feito pela população, não por ele", disse o prefeito, sobre a acusação de não cumprir a promessa eleitoral de permanecer quatro anos na Prefeitura

O prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo do Estado, João Doria (PSDB), rebateu o vice-governador Márcio França, pré-candidato pelo PSB, que havia dito que Doria “não tem palavra”. O prefeito participou nesta segunda (19) da revitalização da Praça 14-Bis

PSDB e PSB, até agora aliados, se dividirão durante o pleito estadual. França assumirá o Palácio dos Bandeirantes até o final do ano, período em que tentará engatar sua candidatura à reeleição. O peesebista já disse que vai trocar os secretários de Alckmin, priorizando as siglas que o apoiarem na disputa.

França afirmou que Doria é um bom candidato, mas não cumpre promessas.

“Com relação a promessa ou não promessa, o julgamento disso será feito pela população, não por ele, e sim pelo povo de São Paulo”, retrucou o prefeito.

“Eu também respeito o vice-governador Márcio França, (mas) nós estamos em campos opostos”, declarou Doria, citando o apoio a França de siglas de esquerda, como o PDT, PCdoB e disse que “o seu próprio partido, PSB, está aliado com o PT nas regiões norte e nordeste do País, defendendo Lula ou outros criminosos do PT”.

“No momento em que ele se tornar candidato, estaremos em campos opostos”.

“Sou muito claro em minha visão: eu não me alinho a ninguém da esquerda, nem da esquerda nem da extrema direita”, disse também Doria sem comentar a posição do governador e companheiro de chapa de França por quatro anos, Geraldo Alckmin.

Questionado sobre a divisão entre seu vice e o pupilo e atual prefeito, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse: “o candidato do meu partido será o João Doria, portanto estaremos juntos”.

Alckmin disse, no entanto, que França “está totalmente preparado para assumir o governo” e faz uma “candidatura legítima”. O governador analisou o quadro de fragmentação política a nível nacional.