Carnavalesco da Vai-Vai comenta enredo sobre a França: “estamos fazendo algo leve e popular”

  • Por Jovem Pan
  • 25/01/2016 17h16
Reprodução/Youtube Márcia Renato Lage

A Vai-Vai, atual campeã do carnaval de São Paulo, irá homenagear a França em 2016. A escola será a quinta a passar pelo Anhembi na segunda noite de desfiles e mostrará o trabalho desenvolvido pelos carnavalescos Márcia e Renato Lage, “Je suis Vai-Vai: bem-vindos à França”. O enredo promete retratar detalhes do país, como descreveu Márcia à Jovem Pan.

“A França é de uma magnitude sem precedentes. Mas a gente fala o que é tradicional, depois perpassa pelo Moulin Rouge, esse lado mais musical, depois a parte de modos e costumes, o dia a dia do francês. Aí vem a fase moderna, ligada à aviação, ao esporte, terminando no carnavália, que é ligado à Semana de 22 de São Paulo. A gente funde o conceito da antropofagia no carnaval paulistano”, detalhou a carnavalesca. “A França tem uma história e uma tradição muito bacana, mas estamos fazendo algo leve e popular. A Vai-Vai é uma escola do povo, então é pra passar esse clima”, ressaltou Lage.

Para ter mais repertório na criação do enredo, Márcia e Renato viajaram à França e tiveram contato com a cultura do país. “A França sempre foi um sonho imaginado, temos acesso a livros e essa coisas todas. Mas, por incrível que pareça, ela coube no que eu imaginava. Paris é um sonho, saímos de lá encantados”, contou Márcia.

Com trinta anos dedicados ao carnaval brasileiro, Renato Lage revelou que estar na Vai-Vai é uma troca de experiências. “Já sou um decano, são uns 38 anos de carreira sem ter férias. Aqui sou novato, apesar de ter feito o Império de Casa Verde já. Então estamos trocando experiências, a Vai-Vai tem uma pegada forte, é uma escola aguerrida, que vibra, isso é importante, é meio caminho andado. A gente veio contribuir com nosso trabalho plástico e nossas ideias para tentar mais um título”, disse.

Renato Lage e o carnaval

O carnavalesco fez um balanço de sua trajetória na maior festa popular do Brasil.”Vim da televisão, comecei como ilustrador, fui cenógrafo e aderecista. Esse conhecimento técnico me ajudou muito. Tive o prazer de ser colocado no carnaval pelo mestre Fernando Pamplona”, lembrou.

Lage também comentou as mudanças que o carnaval sofreu com o passar dos anos. “Não era uma coisa tão gigantesca, era mais romântico. Hoje é uma superprodução profissional, os enredos estão ligado a parcerias e patrocínios. Por mais que a gente tenha liberdade de criar em cima dessa ideia, não é a mesma coisa que buscar uma coisa mais autoral. Mas a gente cria”, finalizou.

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