Morre a atriz italiana Virna Lisi, aos 78 anos

  • Por Agencia EFE
  • 18/12/2014 12h49

Roma, 18 dez (EFE). – A atriz italiana Virna Lisi, uma das musas do cinema durante a década de 1960, morreu nesta quinta-feira em Roma, aos 78 anos de idade, por conta de um tumor detectado há um mês.

De acordo Corrado Pesci, seu único filho, a diva morreu enquanto dormia. Seu falecimento acontece um ano e três meses após a morte do homem com quem foi casada por 53 anos, Franco Pesci.

Virna Lisi foi reconhecida seis vezes pelo Sindicato Nacional dos Jornalistas Cinematográficos Italianos (Sngci), ganhou o prêmio de melhor atriz do Festival de Cannes em 1994 por “A Rainha Margot” de Patrice Chéreau, e recebeu duas vezes o David di Donatello. No Brasil, chegou a ser nome de banda rock em Minas Gerais.

A morte da estrela foi lamentada pelo ministro da Cultura italiano, Dario Franceschini.

“Expresso meus pêsames pela morte de Virna Lisi, atriz de rara beleza, versatilidade e com uma qualidade ainda mais rara: a de manter todos os atributos dentro de uma aura de sobriedade e estilo”.

Virna Pieralisi, seu verdadeiro nome, nasceu em Ancona, em 8 de setembro de 1937, embora mais tarde tenha se mudado para a capital italiana com a família. Entre 1954 e 1956 trabalhou em várias filmes de pouca visibilidade, até ser convidada por Francesco Maselli para ter aquela que seria sua primeira grande oportunidade em “La donna del giorno”.

Em 1962, foi contratada por Joseph Losey para o filme “Eva”, com Jeanne Moreau e Stanley Baker. Logo no ano seguinte, rodou “A Tulipa Negra”, com Alain Delon.

Foi depois disso que teve sua primeira oportunidade em Hollywood, onde chegou a ser considerada a nova Marilyn Monroe por suas marcantes madeixas loiras. Lá fez “Como Matar Sua Esposa”, com Jack Lemmon (1965), e “Assalto a um Transatlântico”, com Frank Sinatra (1966).

Com essas produções, Virna passou a formar com Sofia Loren e Claudia Cardinale o trio mais cotado da Itália.

Sua carreira não se limitou ao cinema, tendo passado também pelo teatro e a TV, nesse último alcançando enorme fama.

Em 1969, trabalhou na peça “Otello” de Enrico Maria Salerno e, anos mais tarde, interpretou à irmã do filósofo Nietzsche em “Para Além do Bem e do Mal”.

Alcançou grande reconhecimento por seu trabalho na série de televisão “…e la vita continua”, de Dino Risi, por refletir a evolução de uma família burguesa.

Ao todo, fez mais de 50 filmes com destaque para “Casanova 70” de Mario Monicelli, “Uma virgem para o príncipe” de Pasquale Festa Campanile, e “A 25ª Hora”, seu maior sucesso em Hollywood. EFE

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