Diretor do Teatro Municipal de SP pede demissão

  • Por Estadão Conteúdo
  • 20/11/2015 19h38
SÃO PAULO, SP, BRASIL, 08-06-2011: Fachada do Teatro Municipal de São Paulo, em São Paulo (SP). (Foto: Fabio Braga/Folhapress, 3517, CIDADES) Fabio Braga/ Folhapress Teatro Municipal de São Paulo

José Luiz Herencia não é mais diretor geral da Fundação Teatro Municipal de São Paulo. Ele encaminhou ontem à Secretaria Municipal de Cultura seu pedido de exoneração, no qual faz alusões a “divergências pessoais”, “interferências externas à instituição” e ao “embate entre visões distintas” a respeito da gestão do teatro e do “papel que ele deve exercer no panorama artístico brasileiro”.

“A Fundação Theatro Municipal é um enorme complexo de formação e atuação artística, de destacada importância para a arte e a cultura no país. Divergências pessoais, interferências exteriores à instituição ou mesmo o embate entre visões distintas a respeito de sua gestão e do papel que deve exercer no panorama artístico brasileiro não podem comprometer as atividades do Municipal”, diz a carta. “Não fomos nós que iniciamos essa jornada. Consolidá-la ainda é uma tarefa para o presente e para o futuro”, continua o texto.

Procurado pela reportagem, Herencia não quis dar detalhes sobre as divergências que o levaram a deixar o cargo – nos bastidores, fala-se em desentendimentos com o maestro John Neschling, diretor artístico, após a decisão de fazer cortes na temporada por conta de questões orçamentárias. Ele afirmou apenas que a “Prefeitura sempre apoiou o Municipal, garantindo a regularização dos contratos com os corpos estáveis e promovendo espetáculos de excelência” e que “divergências pessoais entre a direção não podem comprometer esses avanços”.

Segundo o secretário Nabil Bonduki, a decisão surpreendeu a secretaria. “Lamentamos muito a decisão dele. Nossa avaliação é de que vinha sendo realizado um bom trabalho. No seu pedido de exoneração, ele fala em divergências, mas posso garantir que não foi conosco”, disse, em entrevista ao Estado. “O teatro é uma instituição complexa, com muitos atores, o que gera desgaste, claro”. 

Segundo o secretário, ainda não há um substituto. “Vamos estudar algumas possibilidades”, completa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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