Especialista adverte para má conservação de grande parte da Grande Muralha

  • Por Agencia EFE
  • 16/08/2014 03h02

Pequim, 16 ago (EFE).- A Grande Muralha China, um dos monumentos mais visitados do mundo, está com boa parte dessa estrutura defensiva em mal estado de conservação, e as perspectivas não são otimistas, por causa da falta de recursos e do desenvolvimento industrial irresponsável, alertou o secretário-geral da principal organização de proteção do monumento, publicou neste sábado a agência “Zinhua”.

De acordo com o secretário-geral da Sociedade da Grande Muralha, Wu Guoqiang, mais de três quartos do trecho construído durante a dinastia Ming (1368-1644), uma das épocas em que o monumento foi mais expandido, estão em mal estado.

“Só 10% estão em condições relativamente boas”, destacou Wu em um seminário da associação, criada em 1987 para pesquisa, proteção e restauração da Muralha da China.

Ele explicou que em muitos dos trechos só existem as bases, e que tanto o ser humano como a ação da natureza (erosão, inundações, terremotos) são “graves ameaças” ao monumento, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco também em 1987.

“O prejuízo causado pela atividade humana está crescendo, e é cada vez mais exacerbado”, destacou Wu, que denunciou a manutenção de más práticas como o uso de tijolos e solo da Grande Muralha para construir imóveis.

“A Grande Muralha é o símbolo mais reconhecível da China no mundo, e deve ser conservada com vida”, concluiu Wu no seminário.

A monumental obra, de oito mil quilômetros de extensão, foi criada por ordem do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang, no século 3 a.C., quando diversos muros construídos por antigos reinos e tribos foram reunidos para se defender de invasores nômades do norte da Ásia. EFE

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