Legado de Gabo “vai continuar na China”, assegura o mundo das letras do país

  • Por Agencia EFE
  • 18/04/2014 05h44

Pequim, 18 abr (EFE).- O mundo das letras chinês recebeu nesta sexta-feira com tristeza a notícia da morte do famoso escritor e jornalista Gabriel García Márquez, mas assegurou que seu legado vai continuar muito presente na China, já que vários escritores se viram e se veem a cada dia influenciados por suas obras.

“É uma grande figura não só na literatura latino-americana mas também na universal. Muitos de seus romances foram traduzidos ao mandarim e despertam um grande interesse entre os escritores e o público em geral da China”, assegurou à Agência Efe o ex-decano da Faculdade de Filologia Hispânica da Universidade de Pequim, Zhao Zhen, que lamentou “profundamente” a morte do escritor.

De fato, a última tradução em mandarim de uma das obras mais conhecidas de García Márquez, “Cem Anos de Solidão”, foi realizada por um dos alunos de Zhao, Fan Ye, que se encontra na terra e Gabo, Colômbia, por motivos profissionais.

Após receber a notícia, Fan, que traduziu a obra de García Márquez ao mandarim em 2011, comentou que na próxima semana visitaria o local de nascimento do escritor.

O literato colombiano “tem muitíssima influência para os romancistas chineses, especialmente entre o prêmio Nobel Mo Yann e os de sua geração”, segundo assegurou o antigo professor de Fan.

Com ele concordou o diretor do Instituto de Estudos Latino-Americanos da China, o professor Xu Shicheng, que destacou o furor que viveu o país asiático com suas obras, inclusive antes de aparecer “a versão traduzida autorizada de seu primeiro livro”.

Os cidadãos chineses, através das redes sociais, também honraram a figura do escritor colombiano. Sua morte é hoje um dos temas mais falados no popular Weibo, o Twitter chinês, onde acumula por enquanto mais de 1,4 milhão de comentários.

Gabriel García Márquez, doente desde as últimas semanas, morreu na quinta-feira aos 87 anos em sua residência da capital mexicana, onde viveu durante os últimos anos. EFE

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