Regime sírio confirma que EI dinamitou templo de Baal em Palmira

  • Por Agencia EFE
  • 24/08/2015 10h58

Damasco, 24 ago (EFE).- O diretor-geral de Antiguidades e Museus da Síria, Maamún Abdelkarim, garantiu nesta segunda-feira à Agência Efe que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) usou “uma grande quantidade de explosivos” para dinamitar o templo de Baal, nas ruínas de Palmira.

Abdelkarim, que não pôde precisar o alcance da destruição, explicou que fontes locais contaram que escutaram uma “grande explosão” e viram nuvens de areia nas ruínas greco-romanas, incluídas na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco.

A direção geral de Antiguidades e Museus da Síria está tentando entrar em contato com moradores de Palmira para obter mais informações, mas é complicado porque estes não podem abandonar a cidade e têm as comunicações interrompidas.

Esta confirmação das autoridades sírias ocorre depois que ontem à noite o Observatório Sírio de Direitos Humanos revelou que os terroristas explodiram o templo de Baal há quase um mês, segundo moradores da cidade que conseguiram fugir.

Os extremistas tomaram o controle da cidade de Palmira e de suas ruínas greco-romanas, situadas no leste da província de Homs, em 20 maio.

Um mês depois, ativistas advertiram que membros do EI tinham colocado explosivos nas ruínas, uma informação que, posteriormente, foi corroborada pelo regime sírio.

Palmira é considerada pela Unesco uma relíquia única do século I a.C e uma peça fundamental da arquitetura e do urbanismo romano, pelas colunas de sua famosa rua principal e o templo de Baal.

Esta cidade é um dos seis lugares sírios inscritos na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco.

A destruição do templo foi revelada cinco dias depois que o EI executou o antigo responsável da direção geral de Antiguidades e Museus em Palmira, Khaled al Asaad.

Desde fevereiro, os radicais do EI destruíram nas zonas que dominam no Iraque vários lugares arqueológicos, como as ruínas assírias de Nimrud, do século XIII a.C., e de Hatra, Patrimônio da Humanidade da Unesco. EFE

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