Escolha do Rio como sede de congresso de arquitetos é comemorada por setor

  • Por Agencia EFE
  • 11/08/2014 15h22

Rio de Janeiro, 11 ago (EFE).- A escolha do Rio de Janeiro como sede do Congresso Mundial da União Internacional de Arquitetos (UIA) de 2020 é um reconhecimento à maneira como o Brasil lida com os problemas urbanísticos, afirmaram nesta segunda-feira fontes do setor.

“Estamos muito contentes com a recepção da candidatura do Brasil e a aprovação dos colegas de todo o mundo”, disse hoje o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Sergio Magalhães, ao se referir ao anúncio feito no domingo pela UIA na África do Sul.

A diretora Cultural do IAB, Cêça Guimaraens, afirmou à Agência Efe que se trata da “consolidação de um longo trabalho” e que a eleição demonstra a importância do Brasil dentro da arquitetura mundial.

O Rio de Janeiro foi anunciado ontem na cidade sul-africana de Durban, em reunião da UIA, como sede do Congresso Mundial de Arquitetos de 2020 graças ao projeto “Todos os Mundos. Um só mundo. Arquitetura 21”.

A cidade concorria com outras duas candidatas: Melbourne e Paris. Guimaraens destacou que a escolha do Rio como sede na frente de uma cidade como Paris, reconhecida histórica e universalmente por sua arquitetura, representa uma vitória muito importante para o Brasil.

“Trata-se de um país em desenvolvimento e isso é o que marcou a diferença”, explicou.

A diretora cultural também apontou a Copa do Mundo e a final no Maracanã como fatores chave para que o Rio de Janeiro desbancasse uma cidade como Melbourne, “a candidata mais forte”.

A previsão do IAB é que 20 mil arquitetos e urbanistas de todo o mundo se reúnam no Rio em 2020 para discutir o futuro das cidades.

Participarão do evento profissional de todas as áreas relacionadas ao urbanismo, como geógrafos, antropólogos, sociólogos e engenheiros.

“A arquitetura não é uma disciplina solitária, não é uma ilha, é uma rede”, explicou Guimaraens.

A proposta apresentada pelo Rio propõe uma discussão da atual realidade urbana, expressada através da diversidade e da multiplicidade de formas de construção das cidades.

Com 12 milhões de habitantes, o Rio de Janeiro apresenta um cenário urbano rico e complexo, cheio de desigualdades e acertos, representativo das cidades do continente americano e do mundo emergente que se urbaniza rapidamente, segundo o IAB. EFE

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