“Querem me chamar de prostituta e pedófila porque fiz um filme aos 18 anos”, diz Xuxa em vídeo

  • Por Jovem Pan
  • 05/10/2017 11h58
Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados Xuxa Meneghel participa de sessão da Câmara Apresentadora fez live em rede social para defender a Lei Menino Bernardo

A apresentadora Xuxa Meneghel fez uma transmissão ao vivo de quase duas horas em sua página do Facebook nesta quarta-feira (4) para conversar com seus seguidores a respeito da Lei Menino Bernardo, que proíbe o uso de castigos físicos na educação de crianças. Defensora ferrenha do projeto, ela respondeu algumas perguntas que tem recebido sobre o tema e aproveitou para desabafar.

“Não gosta de mim, não tem problema. Ótimo, não quero que gostem de mim. Querem me chamar de garota de programa, querem me chamar de pedófila porque fiz um filme quando tinha 18 anos, chamem. Aliás, eu gostaria que todo mundo visse o filme, por favor. É muito bom. Querem me chamar de prostituta, chamem, mas existe uma lei chamada Menino Bernardo que vocês vão ter de aceitar. E essa lei é clara: não pode usar violência contra criança. Nem em nome da educação nem em nome do amor. Nada. Muito obrigada a todos que disseram que são contra a lei, só assim pude conversar com vocês. Entendo, mas não concordo com vocês. E vou continuar falando sobre isso”, disse.

O filme a que ela se referiu é Amor Estranho Amor (1982), dirigido por Walter Hugo Khouri e estrelado também por Marcelo Ribeiro, Tarcísio Meira e Vera Fischer.

“Violência é violência. Antes as pessoas andavam sem cinto, pilotavam sem capacete, bebiam e dirigiam. Hoje mudou, existem leis. E existe a lei falando que não pode dar palmada em criança. Se eu, que tenho o mesmo tamanho que você, te der um tapa, você vai revidar. Ou vai a uma delegacia dizer que foi agredida pela Xuxa. Uma criança não pode fazer isso. A lei veio para protegê-las disso que se chama violência. E repito: é cultural. Ninguém quer que você mude de hoje para amanhã. Mas, se depois dessas informações, os seus filhos não baterem nos seus netos, já valeu a pena (…). Isso é evolução. É mais fácil bater que conversar. Conversar toma tempo. Você tem que trabalhar, cuidar da casa. Aí não dá tempo e você mete a porrada. Mas não sabe as marcas que essa porrada vai deixar”, concluiu.

Confira a íntegra abaixo:

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