Amaral relembra histórias engraçadas e admite ter perdido muito dinheiro

  • Por Jovem Pan
  • 15/05/2015 14h17

Sempre bem-humorado Jovem Pan Amaral participa do Esporte em Discussão

O volante Amaral, que tem em seu currículo uma passagem marcante pelo Palmeiras e muitos títulos conquistados, foi o convidado especial da edição desta sexta-feira (15) do programa Esporte em Discussão, da Rádio Jovem Pan, e a participação do folclórico jogador do futebol brasileiro ficou marcada pela descontração.

Após defender o Capivariano no Campeonato Paulista 2015 e, mesmo só com duas partidas disputadas no estadual, devido a uma lesão muscular, ajudar sua equipe a se livrar do rebaixamento para a Série A-2, Amaral contou histórias curiosas de sua carreira, sempre de forma bem-humorada.

Natural de Capivari, interior do estado de São Paulo, Amaral contou algumas histórias curiosas da época na qual era coveiro, no início de sua trajetória profissional.

“Comecei a trabalhar na funerária como carteiro. Meu patrão disse que eu ia entregar consórcio. Depois ele falou: ‘você está indo muito bem. Agora você vai subir de profissão: você vai limpar as urnas’. O primeiro cadáver que eu peguei fazia cinco dias que estava morto. Eu fui chegando perto do cadáver e estava um cheiro complicado. A carreira foi legal”, disse Amaral, que também falou de uma vez em que se assustou na funerária.

“Eu cortando as pétalas de rosas e o cadáver lá tranquilo (risos). Caiu uma pétala de rosa no chão. A hora que eu toquei no cavalete, a mão dele escorregou nas minhas costas. Eu vazei”, prosseguiu, sempre arrancando gargalhadas.

Relembrando outro episódio engraçado de sua carreira, Amaral contou uma velha história de quando foi jogar na África do Sul, com a Seleção. “Cheguei à Seleção, acabamos de desembarcar em Johanesburgo. Me pegaram para fazer entrevista. Perguntaram: ‘o professor Zagallo te escalou como titular e você sabe que o jogo é marcante, aqui tem o problema do apartheid. O que você acha?’. Se for um jogador perigoso, vou fazer marcação individual nele. À noite, perguntei para o Rivaldo: ‘sabe o que é apartheid?’. O Rivaldo disse: ‘que prato é esse?’”, declarou, aos risos.

Depois de participar do Paulistão com o time de sua cidade-natal, o volante brincou que iria seguir atuando, mas depois ressaltou que agora não vai mais jogar futebol profissionalmente.

“Ainda estou no Capivariano. O contrato acabou, mas estou lá ainda, recebendo por fora (risos). Tenho que agradecer o Capivariano. Apesar de não ter conseguido jogar tantas partidas, consegui salvar o time do rebaixamento. Agora quero escrever o livro (da minha carreira) e já estão querendo me contratar para o Pé na Cova”, prosseguiu.

Amaral também confessou que nunca ganhou muito dinheiro na carreira e que também perdeu muito no futebol, já que foi mal assessorado.

“Perdi bastante. Mas para quem não tinha nada, tenho que dar graças a Deus. Perdi muito na Fiorentina. Quando eu jogava no Palmeiras, ganhava R$ 5 mil. No Corinthians, eu não ganhava mais do que R$ 20 mil. Na Fiorentina, perdi muito dinheiro, quando faliu”, contou. “Meus salários sempre foram baixos. Eu fui um cara que não tive uma assessoria muito boa. Eu fui um dos primeiros a ir para a Seleção Brasileira. Não tive muito valor. Eu não tinha pessoas orientando e pegava qualquer coisa. Hoje eu teria uns três cemitérios aí (risos)”, completou.

Por fim, Amaral falou brevemente sobre o lamentável incidente no clássico entre Boca Juniors e River Plate.

“A punição maior tem que ser para o torcedor. O clube se planeja para a Libertadores. O torcedor tem que ser identificado. Esse sujeito, eu fiquei sabendo, não poderia estar no estádio”, finalizou.

No Palmeiras, clube no qual mais ficou marcado por sua carreira, o volante venceu dois Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994), três Campeonatos Paulistas (1993, 1994 e 1996) e um Torneio Rio-São Paulo.

Além desses canecos levantados com a camisa alviverde, Amaral venceu o Campeonato Brasileiro de 1998 e o Paulista de 1999 no Corinthians, um Campeonato Brasileiro, uma Copa Mercosul e uma Taça Guanabara em 2000, no Vasco da Gama, uma Copa da Itália, na Fiorentina, na temporada 2000/01, e um Campeonato Turco com o Besiktas, em 2003.

Amaral também jogou na Seleção Brasileira em 1995 e 1996, e chegou a conquistar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1996, nos Estados Unidos.

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