Autoridades da Colômbia dizem que avião não tinha combustível quando caiu

  • Por Jovem Pan com Agencia EFE
  • 01/12/2016 07h27
Aeronática Civil colombiana trabalha na busca dos corpos das vítimas do acidente Facebook Aeronática Civil da Colômbia Veja imagens da região do acidente com avião da Chapecoense

As autoridades da aviação da Colômbia confirmaram na quarta-feira que o avião com a delegação da Chapecoense, que caiu perto do Aeroporto Internacional José María Córdova deixando 71 mortos, “não tinha combustível” no momento do impacto.

“Podemos afirmar claramente que a aeronave não tinha combustível no momento do impacto, portanto iniciamos um processo de investigação para saber o motivo”, disse o secretário de segurança da Aeronáutica Civil (Aerocivil), Freddy Bonilla, em entrevista coletiva.

O avião da companhia boliviana Lamia caiu na segunda-feira, apenas 17 quilômetros do aeroporto, deixando 71 mortos e seis sobreviventes.

A falta de combustível é uma das hipóteses que está sendo especulada para explicar o acidente ocorrido em Cerro Gordo, em La Unión, cidade próxima de Medellín.

Nesta quarta-feira (30), a imprensa colombiana divulgou a gravação do áudio do piloto com a torre de controle, pouco antes do acidente. No áudio é possível ouvir o alerta do piloto Miguel Quiroga: “senhorita, 2933 está em falha total, falha elétrica total e sem combustível”, afirmou.

Bonilla lembrou que as normas internacionais estabelecem que uma aeronave deve contar com o combustível suficiente para cobrir a rota e possuir um adicional e um aeroporto alternativo para aterrissar em caso de necessidade.

Ele explicou que esta reserva pode garantir ao avião uma autonomia de voo adicional de 30 minutos.

Além disso, ele disse que as condições meteorológicas em Medellín eram “ótimas” para que o avião fizesse sua aproximação e aterrissagem.

Enquanto isso, o diretor do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Legista, Carlos Eduardo Valdés, afirmou aos jornalistas que até o momento foram identificados 59 corpos.

Ele disse que dos 59 corpos identificados, 52 são de brasileiros, cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano.

“As causas da morte em todos os casos aconteceu por conta de um trauma ósseo e visceral grave próprio do fenômeno da queda”, disse Valdés.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.