Brasileiro acredita que legado da Copa será negativo, aponta pesquisa

Castelão lotado - Brasil x México Castelão lotado - Brasil x México

De acordo com uma pesquisa de mercado divulgada nesta terça-feira (17), 52% dos brasileiros acreditam que o legado da Copa do Mundo será negativo para o país e 53% acreditam que a decisão de sediar os jogos foi uma decisão errada.

Encomendada pela TNS Brasil, empresa global de pesquisa de mercado e opinião, em parceria com Lightspeed Research, a consulta avalia as expectativas do brasileiro com o Mundial e os hábitos de consumo dos torcedores.

Foram ouvidas 968 pessoas em nove capitais entre os meses de maio e junho.

A pesquisa avaliou ainda a expectativa do brasileiro com os jogos Olímpicos de 2016 em relação ao Mundial da Fifa. 42% dos entrevistados responderam que os jogos Olímpicos serão igual à Copa e 38% que será melhor ou muito melhor.

Para o líder da área de política da TNS Brasil, Paulo Cidade, os dados revelam uma certa esperança de que o Mundial da Fifa traga aprendizados para a realização das Olimpíadas.

“As pessoas estão com uma expectativa de que a gente ainda tem tempo pra sanar algumas coisas em relação ao que pode ser feito para as Olimpíadas de 2016”, ressaltou Cidade.

De acordo com Cidade, ainda que a repercussão dos Jogos tenha se mantido relativamente boa entre os turistas, uma parcela grande da população ainda discorda da forma como os foram organizados.

“Apesar de as coisas estarem acontecendo, isso não será suficiente para mascarar os problemas que nós tivemos e estamos tendo”, criticou o pesquisador.

Para Cidade, as pessoas vão distinguir tanto o bom funcionamento como a falta de melhorias nas cidades-sede da Copa.

Ainda segundo a pesquisa, 44% dos consultados que consideraram que o legado da Copa será negativo responderam que os Jogos Olímpicos serão igual à Copa.

“A população começa a perceber que parte deste legado de melhorar as cidades, a infraestrutura e a promessa de que o evento deixaria algumas cidades melhor do que antes não sairá do papel”, opinou Cidade, ao ressaltar que isso não mudará independentemente de como vai ocorrer a Copa.

“Acho que mesmo com o evento acontecendo e com a euforia de uma possível vitória, ainda teremos algumas sequelas da Copa”, concluiu o pesquisador.