Brincadeiras de Wesley deixam Breno pronto para provocações

  • Por Lancepress
  • 10/08/2015 17h13
Rubens Chiri/saopaulofc.net Breno comemorou a volta aos treinos nos gramados

A principal preocupação com o retorno de Breno aos gramados após três anos na prisão na Alemanha envolvia o lado psicológico do atleta de 25 anos. De Muricy Ramalho a dirigentes do São Paulo, o discurso priorizava a recuperação do cidadão antes do jogador de futebol. Passados oito meses, o camisa 33 já voltou a atuar e assegura estar resolvido em sua consciência, com os problemas de alcoolismo superados.

“Nunca tive problema psicológico. O acidente foi por conta de bebida, algo exagerado, saí de mim. Claro que a doutora Anahí Couto (psicóloga) conversou comigo, mas é com todos os atletas e de todos os funcionários. ei o que fiz no passado, o que errei e paguei por isso. Tem que sempre sair de cabeça erguida, porque paguei por todos erros e agora posso pensar em coisas boas”, contou o beque.

Dentro dos receios pelo comportamento, estão as possíveis reações de Breno diante de provocações de jogadores e torcedores adversários. E, com personalidade, mais uma vez o defensor nega ter medo ou preocupação. Segundo ele, piadas e brincadeiras já estão “autorizadas” até mesmo para os companheiros de clube, principalmente o volante Wesley.

“Sou tranquilo, não ligo de brincadeira assim sobre esse assunto. Pode provocar mesmo que eu levo numa boa. Aqui mesmo no São Paulo os meninos brincam. O Wesley vive falando de cadeia (risos). Não ligo, acho até legal. “Legal que o Breno vai dar coletiva, né? Até outro dia estava preso”. É uma brincadeira sadia”, disse, com bom humor.

Como Juan Carlos Osorio tem te ajudado no dia a dia?

“Ele tem o jeito dele como um treinador europeu. Os treinos são diferenciados. Ele me ajuda bastante, dá força, conversa muito e sempre mostra o lado pessoal dele, de muito caráter. Sempre me aprimora.”

Você se considera um exemplo para as pessoas? Que conselhos daria para um jovem?

“Sou para os meus filhos. Difícil falar. Acho que os jogadores têm que saber que bebida alcoólica é complicado. Só eu sei o quanto foi difícil essa luta. Nunca mais bebi uma gota. Fui para um país número um no mundo como a Alemanha, mas o idioma era difícil, muito frio e um povo difícil de lidar. Mas não vou criticar ninguém.”

Como foi a noite após a reestreia?

“O gostoso é que foi difícil dormir. Ficaram aquelas imagens do jogo na cabeça. Como volante, para quem era zagueiro, não é fácil. Precisa praticar. Joga de costas e corre mais, zagueiro é bem menos. Mas quero ajudar o time e o Osorio quer que eu seja volante. Vou treinar e me dedicar ao máximo nessa posição.”

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