Fifa festeja Copa das Confederações, mas cobra evolução para 2018

  • Por Estadão Conteúdo
  • 26/06/2017 15h45

Colin Smith EFE Colin Smith

Representantes da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa das Confederações apresentaram nesta segunda-feira, durante uma entrevista coletiva, em Moscou, os números relativos ao balanço da primeira fase da competição. Os dirigentes festejaram as marcas atingidas pelo evento nos aspectos comerciais, de logística e esportivo, mas ponderaram que ainda há muito a ser melhorado para a organização da Copa do Mundo, em 2018.

Entre os principais números envolvendo as 12 partidas disputadas nesta primeira etapa da competição que é o principal evento-teste para o Mundial, destacam-se a média de público nos estádios (37.466 torcedores, resultado de um total de 449.599), a quantidade de cartões de identificação (IDs) emitidos para torcedores (392.222), de voluntários (5.844 de 78 países distintos) e jornalistas credenciados (3.087). Até mesmo os 34 gols marcados em 12 jogos até aqui nesta edição do torneio, o que dá uma média de 2,8 por confronto, foi listado com evidência pela Fifa nesta segunda.

Ao abordar a quantidade de público nas arenas que receberam partidas da primeira fase, a Fifa lembrou que o mesmo foi parecido com o visto da Copa das Confederações de 2009, na África do Sul, onde a média foi de 36.555 torcedores por jogo. Esta média superior da Rússia até em relação ao torneio sul-africano, porém, é bem inferior à vista na edição passada da competição, realizada em 2013, no Brasil, onde os estádios receberam um média de 50.291 pessoas por confronto.

O diretor de competições e eventos da entidade que controla o futebol mundial, Colin Smith, comemorou a execução das operações nesta etapa inicial da competição, tanto nos estádios quanto nas cidades-sede, mas destacou que a organização ainda necessita de ajustes.

“É claro que há espaço para melhorar. Existem aspectos operacionais que continuamos a afinar, a fim de melhorar a entrega dos quatro jogos restantes na fase de mata-mata. Além disso, é muito importante também nessas melhorias tirar lições valiosas olhando para a Copa do Mundo do próximo ano, não somente nos quatro estádios que estão sendo usados (na Copa das Confederações), mas nos 12 locais que serão utilizados no próximo ano”, afirmou Smith. 

O CEO do COL da Copa das Confederações, Alexey Sorokin, pregou cautela ao comentar os resultados atingidos até aqui no torneio, que agora vive a sua semana derradeira de disputas com duas semifinais, a decisão e a disputa pelo terceiro lugar, mas exaltou a receptividade dos torcedores, atletas e demais envolvidos. 

“Sou supersticioso. Então, terei cautela. Mas a verdade é que as coisas estão indo muito bem até agora. O feedback dos torcedores, jogadores e participantes tem sido positivo, mas não vamos nos antecipar. Sabemos que as quatro partidas mais importantes da fase de mata-mata ainda estão por vir. Não é segredo que exista um esforço em conjunto entre a Fifa e o Comitê Organizador Local, mas também as autoridades locais e federais. Este esforço levou a iniciativas muito complexas em caráter operacional, como trens gratuitos para os titulares de bilhetes para viajarem entre as cidades-sede ou o visto livre de entrada no país pelo ID do torcedor”, frisou o dirigente russo.

ARBITRAGEM DE VÍDEO – A experiência com o árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês) também foi elogiada. O chefe de arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, ressaltou que, dos dez casos em que o VAR foi acionado, seis decisões foram alteradas e não houve nenhum erro clamoroso. No entanto, Busacca admitiu que o principal desafio do novo sistema será agir no menor tempo possível para evitar prejuízos ao andamento das partidas.

“É claro que nós admitimos que há muitos aspectos a serem melhorados. Precisamos manter o tempo de espera o mais curto possível. Os árbitros principais são inteligentes. Sabem que as comunicações devem ser rápidas e diretas. Eles sabem que esse tempo é imperativo. No entanto, escolher o melhor ângulo de câmera o mais rápido possível, sob pressão, é algo ainda não natural. Após o torneio, trabalharemos para o futuro. Mas já temos resultados importantes em nossas mãos”, avaliou Busacca.

Na primeira fase da Copa das Confederações foram distribuídos 39 cartões amarelos e dois vermelhos (que foram aplicados por causa de infrações cometidas que eram passíveis de aplicação do segundo amarelo), de acordo com o balanço divulgado pela Fifa nesta segunda. Ou seja, foram distribuídos uma média de 3,4 cartões por partida após 12 confrontos realizados até aqui.

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