Após ação da PF, Ministério do Esporte diz que denúncia partiu da própria pasta

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/08/2017 14h28
21 de agosto - Rio Media Center - Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, coletiva de balanço das Olimpíadas RIO 2016. Foto: Ivo Lima/ME Ivo Lima/ME Leonardo Picciani é o atual ministro dos Esportes

Horas após a Polícia Federal deflagrar a Operação Havana, que apura fraudes no Programa Bolsa Atleta, o Ministério do Esporte divulgou nota afirmando que as denúncias partiram da própria pasta. O esquema criminoso teria funcionado em 2012 e rendido à época ao menos R$ 810 mil a 25 atletas “falsos”.

Segundo a pasta, a apuração começou ainda naquele ano. “A coordenação do Bolsa Atleta à época identificou possível fraude no programa e instaurou uma apuração interna. Após a conclusão do processo administrativo, a denúncia foi encaminhada à Polícia Federal e resultou na operação ‘Havana’, deflagrada nesta sexta-feira (18/08)”, informa o comunicado do Ministério do Esporte.

O Programa Bolsa Atleta funciona desde 2005. Ele é destinado a atletas que obtêm boas performances em competições nacionais e internacionais, da base ao alto rendimento. São seis categorias diferentes, e os contemplados recebem o equivalente a 12 parcelas do valor definido na categoria: Atleta de Base (R$ 370), Estudantil (R$ 370), Nacional (R$ 925), Internacional (R$ 1.850), Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100) e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).

Apesar da denúncia de fraude, o Ministério defende o programa. “O Ministério do Esporte reitera a importância do programa Bolsa Atleta, que desde 2005 apoiou 23 mil atletas, com resultados expressivos como os obtidos nos Jogos Rio-2016, quando 77% da delegação olímpica e 90,9% da paralímpica eram integradas por bolsistas. Dezoito das 19 medalhas olímpicas no Rio de Janeiro e todas as 72 paralímpicas foram conquistadas por atletas bolsistas”, diz a nota oficial.

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