Cavani x Neymar: quem ganha e quem perde na briga de egos do PSG

  • Por Jovem Pan
  • 18/09/2017 17h45 - Atualizado em 18/09/2017 17h48
Reprodução / Twitter Cavani e Neymar, atacantes do PSG, discutem durante a partida contra o Lyon

Seis jogos e seis vitórias, líder isolado do Campeonato Francês. O Paris Saint-Germain começou a temporada 2017/2018 de forma arrasadora. No entanto, neste domingo (17), o desentendimento entre Neymar e Edinson Cavani durante o confronto contra o Lyon parece ter revelado um problema comum entre os times repletos de estrelas: a briga de egos.

O episódio envolvendo os atacantes do PSG acabou ganhando mais repercussão que o resultado da partida. O assunto foi destaque nos grandes jornais da Europa e debatido nos principais programas esportivos do Brasil. Para Mauro Beting, comentarista da Jovem Pan, a polêmica ainda não preocupa, mas alguém precisa interferir para que o problema não se transforme em um caos.

“O atrito entre Cavani e Neymar pode atrapalhar o brasileiro, mas principalmente o uruguaio. Ele está há mais tempo no time, mas não é a estrela, não tem o nome na Torre Eiffel. Mas, Neymar também tem que descer do trono. Não era o caso. E também não era o caso de Daniel Alves entrar no atrito. É muita bagunça para pouca coisa. Mas, nada que possa ser resolvido de maneira adulta”.

O jornalista lembrou das polêmicas envolvendo o craque brasileiro, como o embate com o treinador Dorival Júnior em sua segunda temporada como profissional, em 2010 pelo Santos, e acredita que dessa vez Neymar não terá dificuldades para resolver o problema com Cavani. Segundo Beting, o atacante está mais maduro e a passagem pelo Barcelona pode lhe ajudar.

“Neymar é muito inteligente. Errou muito naquele episódio com o técnico Dorival Júnior e seu auxiliar. Mas, agora está mais maduro. Se deu muito bem com Suárez e Messi no Barcelona e entendo que vai tirar de letra, até porque o problema maior não parece ser do Neymar, mas sim do Cavani. As coisas vão se ajeitar para o brasileiro. É só baixar a bola”, completou.

Quem também pode colaborar para que os jogadores encontrem uma solução é o treinador do PSG, Unai Emery. Mauro Beting afirma que o comandante tem a obrigação de definir as funções dos atletas em campo e que diferente do que vem fazendo e demonstrando nas entrevistas coletivas, Emery não deveria “lavar as mãos”.

“O treinador lavou as mãos antes e acabou sujando depois. E é evidente que com essa postura sobraria para o treinador. Ele é bom, fez um excelente trabalho na Espanha e está montando um time muito bonito de se ver e bastante competitivo agora na França, mas precisa ser mais esperto, precisa agir”, analisou o comentarista.

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