“Embriagado” de felicidade, Levir admite permanecer no Atlético-MG em 2015

  • Por Jovem Pan
  • 27/11/2014 07h27
BELO HORIZONTE, MG, 26.11.2014: CRUZEIRO-ATLÉTICO-MG - Levir Culpi - Partida entre Cruzeiro x Atlético-MG, válida pela final da Copa do Brasil de Futebol 2014, realizada no Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), nesta quarta-feira (26), em Belo Horizonte. (Foto: Alan Morici/Frame/Folhapress) Folhapress Atlético-MG bate Cruzeiro e é campeão da Copa do Brasil; veja mega galeria

 

O Atlético-MG mudou a vida de Levir Culpi. Quem garante isso é o próprio técnico que, após a conquista do título da Copa do Brasil, rasgou elogios ao clube mineiro, incluindo jogadores e diretoria alvinegros. O treinador sinalizou a permanência no cargo, disse que o título conquistado em cima do rival foi justo, mas evitou apontar o Galo como superior ao time celeste comandado por Marcelo Oliveira. 

“Vou escrever livro novo que vai se chamar “uma vida em seis meses”. Não é possível o que aconteceu. Começou com o Lanús, que conseguimos reverter na prorrogação. Vem Corinthians, Cruzeiro no Mineirão, o 3 a 2, aí vem o Flamengo, aí vem mais uma vez o Cruzeiro. Não sei dizer qual foi o momento que tudo isso mudou. Não sei se alguém tem essa resposta. Começamos a criar amizade dentro do clube. Atitudes como a do Pierre, que teve irmão assassinado e se apresentou para jogar. O Edcarlos, que não é titular, está sempre procurando organizar o grupo. É difícil comentar, porque posso fazer injustiça. A reposta é positiva, estou bem com o clube, temos amizade, time está conquistando resultados, claro que é momento de continuidade. Não é só isso. Tem coisas que envolvem. A possibilidade de continuar é claro que é grande”, admitiu o treinador. 

Muito satisfeito com a conquista, Levir sequer quis falar em detalhes sobre seu futuro. “Não sei o que vou fazer, eles cantavam a letra, vou deixar a vida me levar para onde ela quiser. Estou com esse sentimento. Não sei o que vou fazer. Estou nesse estado de embriaguez. Sei que estou feliz”, ressaltou o treinador que deixou o Japão após anos para retornar ao Brasil. 

Questionado sobre os duelos decisivos diante do Cruzeiro e se via o Atlético como superior ao rival e, consequentemente, como melhor equipe do país. “Vou ser sincero, acho que não. Futebol é regularidade. Se considerar o ano do Cruzeiro, não há como dizer que o time deles foi mais bem estruturado. Acontece que teve pela frente o Atlético. As coisas ficam parecidas. Não é por aí que vamos considerar o Atlético o melhor time do Brasil. Vou ser sincero, acho que os brasileiros fora de Minas adotaram o Atlético pela forma ofensiva, rápida, chamou atenção de todas. Não nos estruturamos adequadamente para vencer o que vencemos”, analisou o técnico bicampeão da Copa do Brasil (em 1996, Levir foi campeão com o Cruzeiro).

Por fim, o treinador exaltou os jogadores do elenco atleticano e relembrou os adversários duros no caminho para o título inédito para a história do clube. “Vou agradecer ao Alexandre Kalil, que encerrou um ciclo maravilhoso, deixou o Atlético no topo, é um fanático torcedor, espero que futuros dirigentes possam manter. O considero amigo. A diretoria do Atlético também foi muita atenciosa, não posso deixar de agradecer a comissão. Não é comissão, são amigos. Me sinto em casa. E preciso agradecer, em especial aos protagonistas da conquista. Os caras deram 100%, nunca tive como cobrar. Estava falando que se existe justiça nesse mundo foi essa conquista. Passamos Palmeiras, Corinthians, Flamengo e duas pelo Cruzeiro, em situações dificílimas. Os protagonistas foram jogadores, entenderam de alguma forma. Só tenho que agradecer por fazer parte, a torcida que nos apoiou muito, ganhamos juntos uma conquista histórica”, finalizou. 

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