Apesar de torcida, filha de Barbosa ataca Dani Alves e ironiza: “jogaram muito bem”

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2014 21h03
Futebol: o goleiro Moacir Barbosa, titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1950, em fotografia da época. (Foto: Folhapress) Folhapress De Barbosa à Felipe Melo: confira os "vilões" do Brasil em Copas

A icônica eliminação brasileira de 50, no chamado “Maracanazo”, quando a equipe nacional perdeu para o Uruguai, ficou marcada por um “vilão”: o goleiro Barbosa, que teria falhado em chute de Ghiggia. A filha adotiva do arqueiro, Tereza Borba, falou para a JOVEM PAN sobre o vexame passado pelo time nesta terça-feira (8), na goleada contra a Alemanha por 7×1.

Em um verdadeiro desabafo, Tereza disparou contra aqueles que apontaram seu pai como o principal responsável pela derrota em 50, além de ironizar a atual Seleção e atacar o lateral direito Daniel Alves.

Ela explicou que queria estar presente na partida, já que é “pé quente”, e chegou a entrar em contato com o camisa 2, que teria dispensado seu pedido. “Por causa do preço dos ingressos, só tinha elite dentro do estádio, assistindo ao jogo, eu sou povão, gostaria de estar lá, fui pé quente na Copa das Confederações. Não pude colocar meus pés no estádio porque não tenho dinheiro, pedi para o Daniel Alves me mandar ingresso, mas me enrolaram. Como se eu fosse dar falta de sorte por causa do Barbosa”, disse.

“Daniel Alves, muito obrigado pela passagem (irônica). Jogaram muito bem, parabéns jogadores”, completou.

Mesmo assim, ela afirmou que torcia pelo sucesso da Seleção: “queria a vitória porque tem jogadores que merecem. Sinto muito pela população brasileira e pelo meu neto, que quer ser goleiro e tem apenas 12 anos”.

Pai Herói

Ela não escondeu a admiração que sentia por Barbosa e o exaltou. “Barbosa era um dos melhores seres humanos da face da Terra , era um anjo negro; em 1950, quem fez o Brasil perder, foi a política”, disparou.

“Futebol para o Barbosa era como servir à pátria, como se fosse um vietnamita indo para guerra lutar, sua camisa era a pele dele, ele sempre honrou. Eu luto pela memória dele, ninguém me procurou, sou muito mais ser do que ter, mas ninguém me ofereceu ajuda”, explicou

Culpa

O estigma carregado por Barbosa até o final da vida é atribuída por Tereza como uma manobra da imprensa da época para vender jornal. Ela ainda explicou que ele tinha orgulho de ser vice-campeão. “Ele dizia que foi a única maneira de conseguir entrar na história do mundo do futebol e nunca mais sair dela. Talvez se fosse campeão esse não seria o caso”, revelou.

 

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