Mais longa, Libertadores estreia novo formato e põe à prova elencos milionários

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/03/2017 09h49
Divulgação Conmebol Participando desde 1998

A fase de grupos da 58ª edição da Copa Libertadores começa nesta terça-feira, mas, diferentemente de outras, não terminará mais no meio do ano – agora, o principal torneio de clubes do continente será disputado até o mês de novembro. 

Com um calendário mais extenso, dirigentes das 32 equipes que vão lutar pelo título (principalmente as brasileiras) reforçaram os seus elencos e apostam na força de seus torcedores nas partidas em casa, fazendo com que a competição se torne uma das mais equilibradas dos últimos anos.

Não há limites para atletas estrangeiros, um diferencial para times de maior poder aquisitivo. Após a fase de grupos, os cruzamentos serão definidos por sorteio entre os oito primeiros colocados contra os oito segundos das chaves.

Nesta edição, duas equipes do mesmo país poderão estar na final. Isso ocorreu em duas temporadas, sempre com times brasileiros. Em 2005, a decisão foi entre São Paulo e Atlético-PR e no ano seguinte entre Inter e São Paulo.

Entre as novidades para esta edição, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) permitirá às equipes que ostentem em suas camisas um patch especial com o número de títulos de cada clube no torneio. Xodó de todos os torcedores da América do Sul, a Libertadores também pode render um bom dinheiro para as agremiações que avançarem até as fases mais agudas. Somadas todas as fases, o clube campeão receberá cerca de R$ 25 milhões – se o time tiver disputado partidas desde a primeira fase, esse valor chegará perto dos R$ 27 milhões.

Os valores são os mesmos de 2016 – a Conmebol promete aumentar as premiações a partir da edição de 2019, quando um novo contrato com as emissoras que possuem os direitos de transmissão do torneio terá de ser assinado. Cada clube que disputou a primeira fase recebeu uma cota de US$ 250 mil (R$ 788 mil); US$ 400 mil (R$ 1,26 milhão) na segunda. Agora, cada uma das 32 equipes vai embolsar US$ 1,8 milhão (R$ 5,67 milhões) na etapa de grupos, onde cada equipe fará três jogos como mandante; US$ 750 mil (R$ 2,36 milhões) nas oitavas de final; US$ 950 mil (R$ 3 milhões) nas quartas; US$ 1,25 milhão (R$ 3,94 milhões) nas semifinais; US$ 1,5 milhão (R$ 4,72 milhões) ao vice-campeão; e finalmente US$ 3 milhões (R$ 9,45 milhões) ao campeão.

OS MAIS VALORIZADOS – Segundo o site Transfermarkt.com, sete dos dez elencos mais valiosos da Libertadores são brasileiros. Curiosamente, o time de maior valor até o início da fase de grupos é o tradicionalíssimo River Plate, da Argentina, tricampeão da competição (1986, 1996 e 2015). Juntos, seus atletas têm valor de mercado de 71,25 milhões de euros – cerca de R$ 230 milhões. Seus maiores trunfos são o atacante Lucas Alario, que tem valor de mercado estimado em 12 milhões de euros (R$ 39,7 milhões), e o técnico Marcelo Gallardo, que foi campeão como jogador e como treinador do clube.

O Atlético-MG aparece na segunda posição, com um grupo avaliado em R$ 225 milhões, seguido pelo Palmeiras (R$ 205 milhões), Flamengo (R$ 185 milhões), Grêmio (R$ 175 milhões), Santos (R$ 152 milhões), Atlético-PR (R$ 121 milhões), Estudiantes de La Plata (R$ 110 milhões), San Lorenzo (R$ 108 milhões) e Botafogo (R$ 95 milhões). 

No lado oposto estão os times da Bolívia, que são os mais baratos em toda competição. O Jorge Wilstermann, por exemplo, está avaliado em R$ 11,9 milhões. Logo acima dele vem o The Strongest, que tem um valor de mercado de apenas R$ 12,6 milhões. Só que essa equipe de La Paz passou pelas três fases preliminares da competição e deixou para trás o Montevidéu Wanderers, do Uruguai, e o Unión Española, do Chile. Em ambos os casos, a altitude da cidade boliviana fez boa diferença em campo

CAMPEÃO DESMONTADO – Time mais popular da Colômbia e atual campeão da Libertadores, o Atlético Nacional começa a disputa neste ano com novas caras na briga pelo tricampeonato. 

Da equipe que levantou o troféu da competição no dia 27 de junho de 2016, nada menos do que seis atletas que jogaram a decisão como titulares foram negociados. Desses, três estão no Brasil: o atacante Borja e o meia Guerra, ambos contratados pelo Palmeiras, e o atacante Berrío, no Flamengo. Jonathan Copete, que era reserva da equipe no torneio, foi vendido ao Santos ainda no ano passado.

Ainda foram negociados o zagueiro Sánchez, que foi para o Ajax; os volantes Mejía, que reforçou o León, do México, e Sebastián Pérez, atualmente no Boca Juniors; e o atacante Marlos Moreno, contratado pelo Manchester City e emprestado ao La Coruña. 

Com R$ 100 milhões no caixa, a equipe foi às compras, mas com parcimônia. Chegaram o volante Edwin Valencia, o meia Leao Ramírez e o atacante Dayro Moreno. A aposta do técnico Reinaldo Rueda é na mescla entre reforços e jovens das categorias de base.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.