Em 10 anos, Figueirense foi o único que desbancou os “grandes” na Copinha; saiba por onde andam os campeões

  • Por Jovem Pan
  • 02/01/2018 18h00 - Atualizado em 02/01/2018 20h00
Estadão Conteúdo Jogadores do Figueirense comemoram o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior, após vitória por 2 a 0 na final contra o Rio Branco de Americana

Há 10 anos, o Figueirense entrou para a história ao se tornar a primeira equipe catarinense a conquistar a Copa São Paulo de Futebol Júnior. E foi também o último time de menor expressão a desbancar os “grandes” na competição considerada uma das mais importantes do futebol de base do país. Desde então, Corinthians, quatro vezes, Santos e Flamengo, duas cada, além do São Paulo levantaram o troféu.

Para chegar ao título da Copinha em 2008, o alvinegro de Santa Catarina passou por times tradicionais como Palmeiras e São Paulo no mata-mata. Na decisão, a disputa aconteceu contra o não menos surpreendente Rio Branco, de Americana, e o Figueira não decepcionou. Venceu o duelo por 2 a 0, com gols de Marcelo e Marquinhos.

Apesar da festa pela conquista inédita, poucos jogadores alcançaram sucesso na sequência da carreira. Tanto é que o maior destaque até hoje não fez gol ao longo da competição, muito menos entrou em campo. Rogério Micale, treinador que levou a Seleção Brasileira a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, era o comandante do Figueirense na Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2008.

A Jovem Pan apresenta por onde andam os atletas que levaram o Figueira ao título da Copinha:

– O goleiro Gustavo, um dos destaques do time campeão em 2008, sendo o menos vazado da competição (apenas três gols em oito jogos), subiu para o profissional no mesmo ano. Em 2010, se transferiu para a Ponte Preta onde permaneceu até 2012. Depois passou por Mirassol, Botafogo-SP, Ituano, Mogi Mirim e Passo Fundo. Seu último clube foi o Barra, de Santa Catarina, em 2017.

– Titular na decisão contra o Rio Branco, o lateral-direito Júlio César já abandonou os gramados. De acordo com informações da imprensa catarinense, atualmente Júlio trabalha em uma empresa de informações digitais em Florianópolis.

– Campeão da Copinha em 2008, o zagueiro fez sua estreia entre os profissionais do Figueirense dois anos depois. Logo após o título, o clube catarinense emprestou o zagueiro ao Porto, de Portugal, onde o zagueiro permaneceu por mais de uma temporada. De volta a Santa Catarinense, jogou pelo Figueira até 2012. Em 2013 foi negociado com o futebol do Iêmen, onde defendeu o Al-Ittihad Ibb. Em 2015 disputou o Paulistão pelo Red Bull, último clube que se tem registro.

– O zagueiro Luiz Eduardo permaneceu no clube catarinense até a temporada de 2010. Com poucas chances entre os profissionais foi buscar espaço no futebol carioca. Passou por clubes tradicionais como o Bangu e defendeu times de divisões inferiores, como o Angra dos Reis.

– Depois de Micale, o lateral-esquerdo Willian Matheus foi um dos campeões da Copa São Paulo que mais se destacaram. O atleta subiu para os profissionais no mesmo ano. Em 2011, defendeu as cores do Bahia, passou por Vasco e Goiás nas temporadas seguintes até chegar ao Palmeiras, em 2014. Ainda no Paulistão acabou sendo negociado com o Toulouse, da França. Em 2016 retornou ao Brasil para jogar pelo Fluminense. Ano passado disputou o Brasileirão pelo Coritiba.

Willian Matheus defendeu o Palmeiras na temporada 2014

– Edson Galvão foi o responsável por levantar o troféu de campeão no estádio Nicolau Alayon (o estádio do Pacaembu, tradicional palco da final da Copinha, estava em reforma). Porém, o capitão do Figueirense permaneceu no clube até 2009, quando começou a sua peregrinação pelo interior de Santa Catarina. Jogou pelo Juventus de Jaraguá, Imbituba e Camboriú. Em 2013 se transferiu para o futebol catarinense. Seu último registro foi pelo Angra dos Reis.

– O volante Ricardo Dzioba ganhou oportunidade entre os profissionais apenas no ano seguinte. Em 2012, foi para a Europa defender o GD Ribeirão por empréstimo, equipe que disputava a segunda divisão de Portugal. Jogou junto com o goleiro Ederson, que também estava emprestado pelo Benfica. Na temporada seguinte, novo empréstimo, dessa vez para o Deportivo Águila, de El Salvador. Retornou ao Figueirense, foi para o Foz do Iguaçu e depois acabou ficando sem clube.

– O meia William Massari foi um dos campeões da Copinha emprestado ao Porto. Depois de seis meses de testes, acabou retornando ao Orlando Scarpelli, onde permaneceu por mais uma temporada. Em 2010 foi contratado pelo Internacional, onde ficou até 2012. Depois passou por Paraná, Juventus Jaraguá, São Paulo-RS, Toledo-PR, Veranópolis-RS e Caxias. Em 2016 transferiu-se para o futebol mexicano onde defende as cores do Cafetaleros de Tapachula, da segunda divisão.

– Maicon Talhetti, camisa 10, foi considerado uma das revelações da Copa São Paulo daquele ano, junto com Paulo Henrique Ganso, do Santos, Sérgio Mota, do São Paulo, e o atacante Walter, do Internacional. Subiu ao profissional no mesmo ano e se tornou peça fundamental do Figueira. Mas, as seguidas lesões nos joelhos atrapalharam a sua carreira. Continuou no clube até 2015, antes de ir para o Atlético Tubarão, de Santa Catarina. Em 2017, atuou pelo Cametá, do Pará.

– Autor de um gols da decisão contra o Rio Branco, o atacante Marquinhos Júnior permaneceu no Figueirense até 2010. Em 2011, seguiu para o Glória, do Rio Grande do Sul. No mesmo ano defendeu o Caxias, de Joinville, antes de ir para o Angra dos Reis, e se juntar aos antigos companheiros, Luiz Eduardo e Edson Galvão. Na temporada seguinte, ganhou oportunidade de ir para a Europa, onde defendeu as cores do União da Madeira, na segunda divisão de Portugal.

– Marcelo foi o autor do outro gol na final da Copa São Paulo de 2008. O atacante permaneceu no clube alvinegro até 2010, tendo uma rápida passagem por empréstimo no Sleipner, da segunda divisão sueca. Sem vínculo com o Figueira foi jogar no futebol paranaense. Passou pelo Operário de Ponta Grossa, Paranavaí, da sua cidade natal, e Londrina, no ano de 2013. Desde então não se tem mais registro do atacante.

Rogério Micale comandou o Brasil na inédita medalha de ouro em 2016

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