Em busca de reeleição, Modesto prioriza Vila e tem “pé atrás” com Pacaembu

  • Por Jovem Pan
  • 09/10/2017 08h00
Johnny Drum/Jovem Pan O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, vai tentar se reeleger no fim do ano.

Há uma semana, em entrevista exclusiva à Rádio Jovem Pan, o principal candidato da oposição à presidência do Santos, José Carlos Peres, revelou uma ousada proposta: a de fazer o time alvinegro mandar pelo menos 50% dos seus jogos no Pacaembu a partir de 2018. Favorito à reeleição, Modesto Roma Júnior tem outra opinião a respeito do assunto.

Em entrevista exclusiva ao repórter Raphael Thebas, da Rádio Jovem Pan, o presidente alvinegro admitiu a importância de jogar com constância em São Paulo, mas ressaltou que a Vila Belmiro tem de ser priorizada em relação ao Pacaembu.

“A questão de jogar em Santos ou no Pacaembu tem de ser analisada não só em relação à torcida… Temos uma quantidade muito grande de sócios em Santos, e a origem do clube é na cidade de Santos. Temos de respeitar essa origem”, cobrou Modesto.

“Jogar no Pacaembu? Claro que sim. Jogar no interior? Claro que sim. Mas temos de saber que há três clubes da Série A na cidade de São Paulo, e, quando há jogos no mesmo dia, existe um privilégio a esses times que jogam em São Paulo. Temos feito mais jogos em São Paulo, mas não podemos esquecer que a sede do Santos é em Santos. Então, temos de buscar sempre o equilíbrio. Em 2017, caminhamos bastante para esse equilíbrio”, acrescentou.

Os números provam que Modesto Roma Júnior prioriza a Vila Belmiro em relação ao Pacaembu. Em 2017, foram 20 jogos do time alvinegro em Santos, e sete no estádio municipal de São Paulo – proporção de 75% para 25%.

Além de Modesto e Peres, há mais dois candidatos às eleições presidenciais do Santos: Nabil Khaznadar e Andrés Rueda. O pleito será realizado em 9 de dezembro, e o eleito ficará no cargo durante o triênio 2018/2019/2020.

Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista de Modesto Roma Júnior à Jovem Pan!

Gestão dos sócios do Santos

“Nós mudamos a gestão dos sócios do Santos. Aumentamos os benefícios, e temos de continuar fazendo isso, para estimular o crescimento do número de sócios. Essa é a nova realidade do futebol mundial. A forma de comunicação vai sempre privilegiar o associado do clube”.

Situação financeira do clube

“Ainda é uma situação difícil, que não tem folga. Mas nesse ano, nós zeramos todas as nossas dívidas bancárias. Estamos encerrando o mandato com os salários em dia, algo que não acontecia quando assumimos. Tínhamos oito folhas de pagamento para arcar e jogadores saindo do clube por falta de pagamento. Hoje, temos uma situação financeira muito mais estável.”

Jogos no Pacaembu

“A questão de jogar em Santos ou no Pacaembu tem de ser analisada não só em relação à torcida… Temos uma quantidade muito grande de sócios em Santos, e a origem do clube é na cidade de Santos. Temos de respeitar essa origem. Jogar no Pacaembu? Claro que sim. Jogar no interior? Claro que sim. Mas temos de saber que tem três clubes de Série A na cidade de São Paulo, e, quando há jogos no mesmo dia, há um privilégio a esses times que jogam em São Paulo. A sede do Santos é em Santos. Temos feito mais jogos em São Paulo, mas não podemos esquecer que a sede do Santos é em Santos. Então, temos de buscar sempre o equilíbrio. Em 2017, caminhamos bastante para esse equilíbrio.”

50% dos jogos no Pacaembu é possível?

“Você ter 8 mil pessoas na Vila ou 18 mil pessoas no Pacaembu, financeiramente, é seis por meia dúzia. Nós temos de analisar muito bem as duas opções. Não é uma decisão simples… Ela requer uma análise mais profunda. A cada momento, a gente faz uma avaliação do que é melhor para o Santos e para os torcedores. Isso tudo tem de ser levado em consideração”.

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