Pratto ou Borja, São Paulo ou Palmeiras: quem contratou melhor?

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2017 16h23
Montagem / Divulgação Homens-gols

A noite de quinta-feira foi movimentada no mercado da bola. Momentos antes de estrear na Copa do Brasil, o São Paulo fechou a contratação do argentino Lucas Pratto. Horas depois foi a vez do Palmeiras anunciar mais um reforço, o colombiano Miguel Borja. As novidades inflamaram são-paulinos e palmeirenses, que desde a confirmação das negociações se questionam: quem contratou melhor?

Ambos atacantes eram desejos de suas respectivas diretorias e chegam com a missão de se tornarem as referências de ataque dos times na temporada 2017. Para trazer Lucas Pratto, um dos destaques do Atlético-MG, o São Paulo vai desembolsar cerca de R$ 20 milhões por 50% de seus direitos econômicos, enquanto o Palmeiras vai pagar R$ 33 milhões ao Atlético Nacional por Miguel Borja, campeão da última Libertadores.

O investimento do São Paulo no argentino só foi possível graças à transferência do atacante David Neres para o Ajax, no final do último mês – o clube holandês pagou R$ 40 milhões pela revelação tricolor. Já o Palmeiras contou com apoio de seu patrocinador para buscar o colombiano. A Crefisa, que renovou contrato esta semana com o clube alviverde, se comprometeu em bancar a contratação e até parte do salário do atacante.

Homem-gol tricolor

Aos 28 anos, Lucas Pratto chega ao São Paulo após duas temporadas no Atlético-MG. Nesse período, mesmo com as boas campanhas do Galo no Brasileirão e Copa do Brasil, o atacante não conquistou nenhum título com a camisa alvinegra. Apesar disso, chegou a ser convocado para a seleção do seu país, colocando Gonzalo Higuaín, artilheiro do Campeonato Italiano, no banco de reservas.

Em 2016, Lucas Pratto ganhou a companhia de Fred no Atlético-MG e acabou perdendo espaço no clube, um dos motivos que levou o atacante a ser negociado com o tricolor. Na última temporada, o argentino jogou 47 vezes e marcou 19 gols. A média de 0,40 gols por partida pode não ser ruim, mas é inferior a de seu novo companheiro de equipe, o argentino Andrés Chávez, que marcou 10 gols em 23 partidas no São Paulo – média de 0,43.

Ao longo de sua carreira, Lucas Pratto sempre foi regular na grande área, mas nunca chegou a ser considerado um goleador nato. Deixou sua marca por onde passou, mas por muitas vezes acabou se destacando mais pela garra, raça e liderança junto ao grupo do que pela quantidade de gols marcados. No Vélez Sarsfield, por exemplo, equipe que jogou antes de vir para o Brasil, o atacante disputou 128 jogos e fez 43 gols – média de 0,33.

Números à parte, o argentino vem para assumir o posto de centroavante do time comandado por Rogério Ceni, que vinha cobrando a diretoria por um reforço de peso para a temporada. O técnico foi atendido e ganhou um grande jogador, capaz de ajudá-lo na reconstrução do tricolor dentro de campo. Lucas Pratto já está adaptado ao futebol brasileiro, é experiente e demostrou que tem condições de brilhar com a camisa do São Paulo.

Homem-gol alviverde

Aos 24 anos, Miguel Borja vai reforçar o Palmeiras após uma temporada impressionante. Começou 2016 no Cortuluá e se tornou artilheiro do Colombiano ao marcar 22 gols em 25 partidas. Contratado pelo Atlético Nacional, foi inscrito na semifinal da Libertadores e em apenas quatro jogos foi considerado um dos destaques do time campeão da competição. Ao todo, no final do ano, marcou 39 gols em 52 partidas disputadas – média de 0,75.

Ainda na temporada 2016, chamou a atenção do técnico José Pékerman e foi convocado para defender a seleção colombiana nas Eliminatórias da Copa do Mundo, no duelo contra o Chile. Nesta partida, foi escolhido como título e deixou o ídolo Falcao Garcia entre os suplentes. Miguel Borja também participou das Olimpíadas do Rio de Janeiro, participando dos três jogos da Colômbia na competição.

Mas a carreira de Miguel Borja não começou ano passado. Antes do Atlético Nacional, teve passagens sem tanto brilho por Independiente de Santa Fé – onde foi companheiro do zagueiro Yerri Mina-, Olimpo, da Argentina, Livorno, da Itália, La Equidad, Cúcuta Deportivo e Deportivo Cali, todos da Colômbia. Em cinco anos atuando por esses times, o atacante disputou 123 partidas e marcou apenas 27 gols – média de 0,21.

O colombiano chega ao Palmeiras para preencher o lugar de Gabriel Jesus, vendido ao Manchester City, na janela de janeiro. Miguel Borja era tido como alvo do Palmeiras desde o ano passado. O atacante tem como principais características a força, a agilidade e o faro de gol. É a peça que faltava no time dirigido por Eduardo Baptista, que agora, mais do que nunca, se qualifica como o grande favorito na Libertadores, torneio que o colombiano conhece bem.

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