Consultor de arbitragem critica regra de bola na mão: “Futebol não é queimada”

  • Por Alfredo Luiz Filho/Jovem Pan
  • 24/09/2014 13h18

Jogadores do São Paulo reclamam após Luiz Flávio de Oliveira marcar toque de mão de Antonio Carlos na área

Folhapress Jogadores do São Paulo reclamam com árbitro após pênalti

As últimas rodadas do Campeonato Brasileiro vem sendo recheadas de polêmicas de arbitragem, principalmente na marcação de penalidades máximas em lances de mão na bola. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o especialista em arbitragem, Gustavo Caetano, não entende a razão para a mudança na regra e afirma que os jogos estão se tornando “peladas de final de semana”.

“Com todo o respeito a quem regulamentou essa nova orientação, mas virou uma pelada toda terça, quarta e final de semana. É uma infração que deve ser marcada na intenção do jogador e não com o bateu na mão é toque”, desabafou Caetano.

O especialista garante que os árbitros não tem culpa alguma em marcar penalidades máximas com todo toque de bola na mão. Sem saber como essa nova regra surgiu no futebol brasileiro, Caetano acredita que foi o ex-árbitro Jorge Larrionda que a implantou, após uma de suas palestras para o quadro nacional de árbitros da CBF.

“Futebol não é jogo de queimada. Porque vai virar isso. Eu não treino cruzamentos na área, treino chute no braço do adversário”, ironizou.

O consultor de arbitragem acredita que se lances como estes continuarem a serem assinalados como pênalti, o futebol brasileiro vai se estragar ainda mais.

“Respeito quem está produzindo esse mal para o futebol. Tem que deixar como estava. Se a regra não é perfeita, ela estava quase. Não tem que mudar o que funcionava. Bola na mão não é infração, mão na bola sim. É um absurdo e isso vai estragar o futebol, que já está ruim. Você não vê isso acontecendo em lugar nenhum. Apenas aqui”, finalizou.

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