Campeão mundial com SP quer paz na Lusa: “sem espaço para cabelo branco”

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2017 14h33 - Atualizado em 08/12/2017 14h36
Reprodução Guilherme alves, portuguesa, lusa O ex-atacante Guilherme, campeão mundial com o São Paulo em 1993, vai comandar a Portuguesa em 2018

Campeão mundial com o São Paulo em 1993, Guilherme Alves tem um novo, e embaraçoso, desafio pela frente. Hoje técnico, o ex-atacante de 43 anos aceitou a dura missão de comandar a Portuguesa, clube que está sem divisão no Campeonato Brasileiro e vai disputar a Série A2 do Paulistão em 2018.  

Em entrevista exclusiva ao repórter Marcio Spimpolo que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, Guilherme explicou por que topou o desafio de treinar a Lusa e, bem-humorado, negou ter a preocupação de “envelhecer” alguns anos à frente da equipe rubro-verde. Ele quer paz no Candindé.

“Já não tem mais espaço para cabelo branco aqui, não, hein? Já tem muito”, brincou. “Mas ter problemas não é uma exclusividade da Portuguesa, infelizmente. Eu aceitei vir para cá por causa da história do clube, por poder trabalhar na capital paulista e por ter esse desafio de montar uma equipe competitiva com pouco dinheiro”. 

E o “pouco dinheiro” tem dificultado o trabalho de Guilherme. Até o momento, a Lusa só fechou com cinco reforços para 2018: o zagueiro Igor João, os laterais Carlinhos e Cesinha, o volante Felipe Manoel e o meio-campista Gian. Desses, três foram indicados pelo treinador, que admite a dificuldade para concretizar mais contratações. 

“Eu tenho, logicamente, o conhecimento de alguns jogadores, porque passei algumas temporadas em Marília, Novorizontino e Linense, fora a Série B do ano passado no Vila Nova. Há alguns atletas que, realmente, têm a minha confiança… Eu consegui trazer três (Felipe Manoel, Carlinhos e Cesinha), mas essas situações têm sido complicadas, porque estamos encontrando dificuldades na hora do valor. A Portuguesa está em uma política de pagar em dia, mas pagar pouco. Então, o maior problema tem sido o acerto financeiro”. 

Mesmo assim, Guilherme confia na possibilidade de surpreender na segunda divisão estadual. “A Série A2 tem o mesmo nível de uma Série A1 sem os grandes. E arrisco dizer que algumas equipes da Série A2 farão mais investimentos que times da Série A1. Água Santa, Oeste e Guarani, por exemplo, virão muito fortes na parte financeira. Então, é um campeonato muito complicado… Mas sempre tem algumas surpresas, né? A gente espera que uma delas seja a Portuguesa!”. 

A Lusa estreia na Série A2 do Campeonato Paulista no dia 17 de janeiro, contra o Batatais, no Canindé. O objetivo do time é brigar pelo acesso para disputar a elite estadual daqui a dois anos – desde 2015 a Portuguesa está na segunda divisão do Paulistão. 

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