Antes crítico da Fifa, Maradona anuncia que trabalhará para a entidade

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/02/2017 16h26

Maradona participará da partida do "Jogo da Paz" EFE Maradona participará da partida do "Jogo da Paz"

Ao longo de sua trajetória no futebol, Maradona sempre se pronunciou como crítico ferrenho dos grandes órgãos que comandam o futebol, em especial a Fifa. Nesta quinta-feira, no entanto, o ídolo argentino decidiu se aliar à entidade e anunciou uma parceria na qual trabalhará para torná-la “limpa e transparente”.

Maradona utilizou as redes sociais para se pronunciar. Ele postou uma foto ao lado do presidente da entidade, Gianni Infantino, com os dizeres: “Agora sim, é oficial. Finalmente posso cumprir um dos sonhos da minha vida, trabalhar por uma Fifa limpa e transparente, com pessoas que realmente amam o futebol. Obrigado a todos que me apoiaram para enfrentar este novo desafio!”.

O craque argentino não especificou qual função desempenhará na Fifa, mas a imprensa de seu país garantiu que ele será uma espécie de embaixador da entidade. O próprio Maradona disse recentemente que estava próximo de se aliar à federação e que uma de suas primeiras metas seria “limpar a Associação do Futebol Argentino (AFA)”.

As rusgas entre Maradona e a Fifa começaram ainda quando ele era jogador e ganharam força com a exclusão do astro da Copa do Mundo de 1994 por doping. Na época, o meia garantiu que não havia consumido qualquer substância proibida e acusou a entidade de armação. Daí em diante, o craque sempre bateu de frente com a federação, se ausentou de festas organizadas por ela e acumulou críticas públicas ao comando do futebol mundial.

Em especial, Maradona escancarou sua insatisfação com Joseph Blatter, a quem acusava de liderar uma “máfia” na Fifa. Após a saída do suíço do poder, o argentino chegou a manifestar seu apoio ao príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein na eleição presidencial e chamou Infantino de “traidor”, antes que ele fosse o vencedor do pleito.

Os entreveros entre eles teriam sido contornados em junho do ano passado, após um encontro em Paris. Em janeiro, Maradona evidenciou esta reviravolta na relação com o presidente da Fifa. “Para o que quer que Infantino precise, estou aqui. Não tenho problema. Vou ajudar, colaborar”, afirmou.

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