Assistente no Shakhtar Donetsk, Zago garante que jogadores estão protegidos

  • Por Luis Carlos Quartarollo/Jovem Pan
  • 27/08/2014 10h06
Reprodução/Twitter Antônio Carlos Zago em treinamento no Shakhtar Donetsk

O ex-zagueiro Antônio Carlos Zago é assistente-técnico do Shakhtar Donetsk, clube que vem sofrendo com a tensão na região por conta do conflito entre separatistas pró-Rússia e ucranianos que defendem o seu país. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o brasileiro revelou que o elenco está protegido na capital Kiev e que o presidente da equipe, Rinat Akhmetov, vem fazendo todo o possível para garantir a tranquilidade do elenco no dia-a-dia.

“O problema aqui na Ucrânia é apenas na cidade de Donetsk. Desde que voltamos para a atual temporada, praticamente nos transferimos para Kiev e hoje a nossa sede é aqui, onde tudo caminha da melhor forma possível. Não temos problema aqui, é apenas em Donetsk, onde há conflitos envolvendo ucranianos e pró-russos”, explicou.

Zago lamentou os estragos feito no estádio Donbass, sede do Shakhtar construído para a Eurocopa de 2012, danificado por conta de explosões de bombas no último fim de semana e contou que a situação em Donetsk é bem dividida entre a população.

“Eu acho que praticamente está divido, metade ucranianos e metade pró-russos. Por isso existem esses conflitos, os pró-russos querendo a separação do país. Aqui em Kiev é tudo tranquilo, ontem foi o dia da independência, a cidade toda praticamente colorida de azul e amarelo e querendo que essa situação se acalme o mais rápido possível”, desejou.

Com passagens por todos os quatro grandes clubes de São Paulo, Antônio Carlos garantiu que nunca pensou em abandonar o time, já que recebeu garantias de que trabalharia em na maior paz possível. Sobre os problemas entre o técnico Mircea Lucescu e os jogadores brasileiros que decidiram não retornar ao país, Zago prefere colocar panos quentes e diz entender a posição dos dois lados.

Para ele, os atletas precisam ser profissionais para não fechar as portas de outros colegas do mesmo país na Europa. “Concordo e discordo também. Tudo isso aconteceu por causa da situação pelo que o país passa e não foram apenas os brasileiros que encontraram essa dificuldade em relação a organização. Isso não deveria mais acontecer o que houve com os brasileiros, pois fecha a porta para outros que venham a ser contratados aqui na Ucrânia e aqui na Europa. Quanto mais profissional o jogador brasileiro, melhor para todos”, apontou.

O ex-defensor garantiu ainda que o clima entre Bernard e Lucescu, que chegaram a se alfinetar através da imprensa está bom e que toda a polêmica foi superada.

“O treinador queria que ele se apresentasse como os outros jogadores que serviram a Seleção fizeram em seus respectivos clubes, que tiveram 15 dias de férias e ele teve um mês. É um jogador importante para o Shakhtar e o treinador queria que ele se apresentasse para jogar o mais rápido possível, já que a Liga dos Campeões começam daqui duas semanas. Está tudo superado”, finalizou.

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