Comitê Catar 2022 defende integridade de candidatura por meio de relatório

  • Por EFE
  • 28/06/2017 19h50
Reprodução Estádio Al-Kho será um dos palcos da Copa do Mundo de 2022 no Catar

O comitê organizador da Copa do Mundo de 2022, no Catar, defendeu nesta quarta-feira (28) que as conclusões do chamado “Relatório Garcia”, que apontou indícios de esquemas de corrupção nos processos de escolha desta edição do torneio e também na de 2018, na Rússia, confirmam a integridade da candidatura que levará o Mundial ao país do Oriente Médio.

“Acreditamos que nossa cooperação com esta investigação e as conclusões extraídas representam uma reivindicação da integridade da nossa candidatura”, apontou o comitê em comunicado.

A organização da Copa de 2022 mostrou satisfação com a divulgação, por parte da Fifa, do relatório, mas questionou “o momento” de sua publicação no jornal alemão Bild. “Continuaremos a nos dedicar ao cumprimento das promessas que fizemos durante a nossa candidatura e organizaremos uma histórica primeira Copa do Mundo no Oriente Médio”, afirmou o comitê.

A Fifa divulgou nesta terça-feira (27) o “Relatório Garcia”, elaborado em 2014 pelo ex-procurador americano Michael J. Garcia, quando a entidade decidiu abrir uma investigação após o vazamento de informações que questionavam a lisura daquela votação, ocorrida em 2 de dezembro de 2010, na qual pela primeira vez seu Comitê Executivo elegeu ao mesmo tempo a sede de dois Mundiais.

A falta de acordo sobre a divulgação do texto no final de 2014 entre Michael J. Garcia, que liderava o órgão de investigação da Comissão de Ética Independente da Fifa, e o chefe do órgão de resolução da mesma, o alemão Hans-Joachim Eckert, levou à renúncia do primeiro.

A Fifa revelou meses depois um trecho do relatório, e com a nova direção da comissão optou por sua divulgação na íntegra, embora não tenha determinado uma data concreta para este fim.

Um dos capítulos do extenso documento tem foco na apuração de se a candidatura conjunta de Espanha e Portugal para 2018 e a do Catar para 2022 fizeram um acordo “para troca de votos”, que “teria violado as normas do processo de candidatura”.

Apesar de alguns membros do órgão executivo da Fifa e alguns veículos de imprensa terem citado este acordo, a investigação concluiu que “não foram encontradas evidências”, ainda que oficiais da candidatura catariana tenham visitado a Espanha várias vezes durante o processo.

“A câmara de investigação examinou a natureza e o objeto desses contatos. Enquanto está claro que várias entidades do Catar, incluindo (o comitê organizador) Catar 2022, tinham conexões com o futebol espanhol, não foram encontradas evidências que vinculassem essas viagens para qualquer acordo de voto impróprio”, afirma o relatório. 

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