Promotor vê corrupção em adiantamento do Barça para Neymar para contratá-lo

  • Por EFE
  • 14/07/2016 13h08
EFE Contrato de Neymar com o Barça obriga o atacante a aprender catalão

O promotor José Perals entrou com recurso de apelação junto à Sala penal da Audiência Nacional contra a decisão do juiz José de la Mata de arquivar a causa contra Neymar, seu pai, o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, entre outros por considerar que houve corrupção no pagamento antecipado de 40 milhões de euros ao jogador pelo Barcelona.

Na visão do promotor, o adiantamento alterou o mercado de transferências e a própria contratação, já que o Santos tinha em mãos uma oferta do Real Madrid de 36 milhões de euros, mais que o dobro pago pelo Barça, de 17 milhões de euros. Perals destacou que o convencimento ao craque foi feito “por uma via não permitida no âmbito da Fifa”.

O promotor entende que De la Mata, que admitiu no auto de arquivamento que Neymar e o Barcelona descumpriram as normas da federação internacional ao pagar os 40 milhões de euros, não pode considerar esse adiantamento apenas “descumprimentos éticos ou morais”, como fez. “É um ato típico de corrupção nos negócios”, frisou.

Perals lembra que o preço real de mercado de Neymar não era, portanto, o de 17,1 milhões de euro fixado no contrato, mas uma quantia maior, mais próxima aos 36 milhões de euros oferecidos pelo Real.

Foram prejudicados pela irregularidade, segundo Perals, não só o fundo DIS, que administra 40% dos direitos federativos do brasileiro e foi o responsável pela denúncia, mas também o próprio Santos, que via Neymar inisistir em jogar pelo Barça e não aceitar outras ofertas.

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