Há quatro anos na China, brasileiro vê evolução rápida e abismo salarial

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2016 17h56
Reprodução/Instagram Davi Rodrigues é colega de Dario Conca e é treinado por Sven Göran Eriksson no Shanghai Dongya

O êxodo de jogadores brasileiros para a China se intensificou entre o fim de 2015 e o começo de 2016, com diversos campeões brasileiros pelo Corinthians sendo contratados por clubes do país asiático. No entanto, há quem esteja pelejando pelos gramados chineses há mais tempo, como é o caso de Davi Rodrigues, meia do Shanghai Dongya e desde 2012 jogando na China. Em entrevista aos repórteres André Ranieri e Raphael Thebas, da Rádio Jovem Pan, ele falou sobre como é viver a chamada “aventura asiática”.

“É bem complicado o começo porque é completamente diferente, um idioma muito diferente do português. A comida também é uma coisa que pra se adaptar é um pouco difícil, mas a qualidade do futebol chinês tem crescido com a chegada desses jogadores. Muitos de nome já passaram aqui, agora estão vindo alguns brasileiros também, e a qualidade tem crescido cada vez mais. Morar na China no começo é um pouco complicado, mas depois a gente se acostuma”, disse Davi.

No entanto, o atleta, que jogou por clubes como Paulista, São Bento, São Paulo e Avaí, revelou ter saudades de jogar em seu país natal. “Tenho saudade de jogar no Brasil, a qualidade é enorme. Mas estou bem adaptado aqui já, vou para meu quinto ano na China, estou em um clube agora que tem uma condição muito boa. Se uma proposta for boa claro que eu voltaria para o Brasil, mas agora tenho contrato e preciso cumprir”, contou.

Davi comentou com bom humor o fato de Alexandre Pato ter recusado uma proposta de R$ 5 milhões por mês para jogar na China. “Pato está rico, está milionário já (risos). Se me dessem esse dinheiro eu já estava aqui”, brincou. No entanto, nem todos ganham salários astronômicos no país. “Os chineses não têm o salário tão alto assim, alguns jogadores de qualidade e que são da seleção esses sim ganham bem, mas geralmente não chegam nem perto do que ganham os estrangeiros vindo pra cá”.

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