Jô minimiza polêmica de gol irregular e vascaíno reclama da ausência de fair-play

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/09/2017 09h43
Ale Vianna / Eleven / Estadão Conteúdo Jô marcou com o braço o gol que deu a vitória ao Corinthians

Os três pontos conquistados em casa pelo Corinthians, após vencer o Vasco por 1 a 0, no último domingo (18), ficaram em segundo plano não só pelo gol irregular de Jô, que utilizou o braço para marcar, mas pelas declarações dele após o duelo. Ele jurou que não sabia em que parte de seu corpo a bola havia batido. “Se eu tivesse convicção, iria falar na hora. Eu me joguei na bola, não tinha como ver isso. Eu me projeto em cima da bola e aí foi interpretação do árbitro”, comentou.

No instante que ele marca, o goleiro vascaíno Martín Silva corre para cima do assistente que fica atrás do gol, Eduardo Tomaz de Aquino Valadão. Reclama com veemência e outros jogadores do time carioca fazem coro. “Não existe alguém tocar na bola com qualquer parte do corpo e não sentir”, desabafou Martín Silva, mais irritado ainda ao saber das declarações de Jô.

A polêmica fica ainda maior porque durante o Campeonato Paulista, no clássico entre Corinthians em São Paulo, na primeira partida da semifinal, Jô tomou cartão amarelo ao tocar no goleiro Renan Ribeiro. Ele ficaria fora do jogo de volta, mas o zagueiro tricolor Rodrigo Caio avisou à arbitragem que na realidade ele que tinha tocado em seu companheiro. O juiz retirou a punição de Jô, que pôde atuar na partida seguinte e mais adiante foi campeão paulista.

Na ocasião, Jô parabenizou Rodrigo Caio e disse que, se isso acontecesse com ele, iria praticar o fair-play também. Mas, depois da vitória sobre o Vasco, garantiu que não tinha comparação os lances, nem teme ser criticado. “Estou muito tranquilo, não tenho por que ser cobrado ou julgado. Não cometi nenhum crime. Fiz um gol, ao me jogar na bola, tentei ajudar minha equipe e consegui. Cada um fica com sua opinião e a gente tem de respeitar. Só quem julga é Deus. Fiz o meu trabalho, ganhamos os três pontos e saímos daqui felizes”.

Ele fala, inclusive, que não teria problema em fazer fair-play se tivesse convicção de que a bola tocou em seu braço, mesmo que isso irritasse alguns torcedores. “Alguns poderiam se revoltar, outros não, mas não importa. Se eu tivesse a convicção eu iria falar, pois o mais importante é eu dar exemplo para o meu filho, para outras crianças. Como o Rodrigo fez e ainda foi criticado por isso. Cada um interpreta de uma maneira. O campeonato segue, a vida segue e futebol é assim, feito de polêmicas”, lembra.

Para Martín Silva, o caso mostrou que houve uma grande injustiça e que desta vez prejudicou o seu Vasco. “Cada um paga com a moeda que quer. O Rodrigo Caio está a favor do fair-play e agora está brigando contra a Série B. O Jô, que fez o gol com a mão, está brigando pelo título. Para se ver como é aqui no Brasil”, desabafou.

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