Marin fará depósito de US$ 200 mil para manter prisão domiciliar nos EUA

  • Por Agência Estado
  • 04/02/2016 18h43
Brasil, São Caetano do Sul, SP. 15/08/2014. O então Presidente da CBF José Maria Marin durante coletiva no Centro Tecnológico da GM. Marin é um dos detidos em Zurique (Suíça) em 27/05/2015, acusados pela Justiça americana de ter recebido propinas milionárias em esquemas de corrupção no futebol. - Crédito:HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:183596 Agência Estado Com o pagamento de US$ 200 mil

O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, conseguiu nesta quinta-feira um novo acordo com a Justiça norte-americana para permanecer em prisão domiciliar em Nova York. A promotoria aceitou que seja feito um depósito de US$ 200 mil em espécie (cerca de R$ 800 mil), até 12 de fevereiro, como alternativa à carta de crédito no valor de US$ 2 milhões que deveria ter sido entregue no dia 15 de janeiro.

A decisão precisa ser homologada pelo juiz Raymond Dearie, do Tribunal de Nova York, o que deve ser feito ainda nesta quinta-feira. Para Marin, o acordo representa um alívio financeiro, já que o deposito de US$ 200 mil equivale ao valor que o cartola pagaria em juros pela carta de crédito.

Em documento ao juiz Dearie, o advogado do cartola, Charles Stillman argumenta que “à luz das condições econômicas no Brasil, (a carta de credito) tem provado ser impossível”.

Além disso, a burocracia na obtenção do documento também foi um argumento apresentado pelo advogado em carta enviada à promotoria e ao juiz Dearie em janeiro deste ano.

A defesa de Marin tentava costurar esse acordo desde novembro, quando o cartola foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos, sob as acusações de fraude, conspiração e lavagem de dinheiro.

Para permanecer em prisão domiciliar, o ex-presidente da CBF já tinha dado como garantias seu apartamento em Manhattan, avaliado em US$ 3,5 milhões, e um depósito de US$ 1 milhão em espécie. A carta de crédito era o último elemento do acordo que ainda estava pendente.

Marin também arca com todos os custos das câmeras de vigilância em sua prisão domiciliar e vem sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. A próxima audiência do ex-presidente da CBF está marcada para o dia 16 de março.

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