“Nem uma homenagem por dia a Medellín seria suficiente”, diz prefeito de Chapecó

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2016 13h14

Prefeito de Chapecó Fernando Bizerra Jr/EFE Prefeito de Chapecó

Na última segunda-feira, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto de lei solicitando a oficialização de Medellín como cidade-irmã do município catarinense. No mesmo documento, Buligon pediu permissão para nomear um espaço público de Chapecó em homenagem à cidade colombiana. Os possíveis tributos caíram nas graças da população catarinense, mas, de acordo com o prefeito, nunca vão se igualar ao que Medellín fez pela Chapecoense depois do terrível acidente aéreo que matou 71 pessoas na semana passada. 

Buligon concedeu entrevista exclusiva a Daniel Lian que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, e disse que os gestos de solidariedade da cidade colombiana foram incomparáveis e raros na história da humanidade. “Se, até morrer, eu fizesse uma homenagem por dia a Medellín, não conseguiria devolver todo o carinho que recebemos dela“, definiu o prefeito, claramente emocionado. “Encaminhei esses projetos de lei porque pretendo mostrar que Medellín é uma cidade muito especial para Chapecó. Queremos manter esse vínculo, essa gratidão“. 

Luciano Buligon esteve em Medellín na semana passada, quando o Atlético Nacional fez uma tocante homenagem às vítimas do acidente aéreo que matou praticamente toda a delegação da Chapecoense. Os colombianos lotaram o Estádio Atanasio Girardot no dia e horário em que seria disputada a primeira partida da final da Copa Sul-Americana e emocionaram o mundo com um dos mais lindos gestos de solidariedade de todos os tempo. Antes disto, o clube colombiano já havia decidido declarar a Chapecoense campeã do torneio continental – a medida foi oficializada pela Conmebol dias depois. 

“Não existe nada igual à manifestação de solidariedade que nós vimos no dia 30, em Medellín. A gente, que lida com futebol, sabe que colocar um cântico do seu time na boca de outra torcida é muito difícil. E nós presenciamos uma manifestação popular espontânea em homenagem à Chapecoense na Colômbia. Foi muito emocionante“, afirmou o prefeito de Chapecó, que, inclusive, vestiu uma camisa do Atlético Nacional no velório realizado no último fim de semana, na Arena Condá. “Foi o mínimo que eu podia fazer a eles. Foi uma homenagem singela, mas muito sincera“, decretou.

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