Corinthians busca empate, mas vê Audax avançar nos pênaltis à final do Paulistão

  • Por Estadão Conteúdo
  • 23/04/2016 21h08

Tchê Tchê foi destaque do Audax com gol e pênalti convertidos

Estadão Conteúdo Tchê Tchê (reretchêtchê) comemora gol - AE

Jogaço! Não é exagero definir dessa maneira a semifinal do Paulista que Corinthians e Audax fizeram neste sábado (23), no Itaquerão. No fim, o Audax passou à final pela primeira vez em sua história, com a vitória por 4 a 1 nos pênaltis após o 2 a 2 no tempo normal. Mas a partida foi eletrizante. Cheia de alternativas, com time ousados, agressivos, buscando insistentemente o gol. Teve erros, falhas, mas também teve lances de rara beleza. Foi um grande espetáculo.

O Corinthians amarga a segunda eliminação de um Paulista na semifinal em sua casa, e nos pênaltis. No ano passado, caiu diante do Palmeiras também nas penalidades. E o mesmo Palmeiras estará em campo na outra semifinal da competição, neste domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro.

Quem gosta de duelos táticos certamente fica satisfeito com uma partida como a disputada por Corinthians e Audax. Times que têm treinadores preocupados com o padrão de jogo, com alternativas. Tite gosta de marcação forte, triangulações, jogadas pelos lados e de compactação. Valoriza a posse de bola. É eficiente, competitivo.

Fernando Diniz é falado, e não é de hoje, por defender o toque de bola em qualquer situação, por preferir o jogo bonito, com rapidez e movimentação constante, entre outros aspectos. Valoriza posse de bola. É assim que joga o Audax.

A equipe de Osasco é ousada mesmo sob risco e, como consequência, comete erros. Eles são conhecidos e neste sábado, no primeiro tempo, foram vários, muitos forçados pela forte e adiantada marcação do Corinthians.

Erros como o cometido pelo goleiro Sidão ao perder a bola para André num lance em que por pouco Alan Mineiro não faz o gol, ainda no início da partida, dão a impressão de que a defesa do Audax é frágil. Não é bem assim. Claro, não é uma superfortaleza, mas tem seus méritos. Os zagueiros sempre recebem a ajuda dos volantes, e os laterais também são auxiliados. E o time ataca tocando a bola com rapidez, com triangulações. E com muita gente.

O Audax é compacto e neste sábado o Corinthians não foi na maior parte do primeiro tempo. Enquanto conseguiu marcar alto e diminuir espaço, dominou. Quando afrouxou um pouco, foi dominado

O gol do Audax, um belo chute de Bruno Paulo no ângulo de Cássio, foi em jogada individual. Mas coletivamente o time de Fernando Diniz superou o de Tite na primeira etapa.

Duelo tático também se equilibra, e se ganha, com mudanças de peças. Tite sabe disso e agiu no intervalo. Tirou os inoperantes Guilherme e Alan Mineiro e colocou Romero, para forçar o jogo pelo lado direito, e Rodriguinho, para dar qualidade às bolas pelo meio.

O Corinthians voltou aceso, pressionando e em sete minutos chegou ao empate, com a cabeçada de André. A equipe de Osasco não renunciou ao ataque e foi recompensada aos 25 minutos. Novo golaço! Desta vez foi Tchê Tchê, que de fora da área acertou o ângulo de Cássio. Mas o Audax descuidou de Romero. E o paraguaio possibilitou a André novo empate.

Até o final, o jogo continuou eletrizante. Mas, pelo que as duas equipes fizeram, foi até mais justo, embora também seja cruel, que a vaga na final fosse decidida nos pênaltis.

Então, Fagner acertou a trave e Rodriguinho parou em Sidão. Velicka, Tchê Tchê, Ytalo e Camacho colocaram o Audax na inédita final. O Corinthians foi eliminado, mas não saiu derrotado.

Ouça a narração JP para a disputa de pênaltis abaixo: 

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