Trapalhadas em série deixam dupla de diretores do Corinthians na corda bamba

  • Por Estadão Conteúdo
  • 10/02/2017 08h34

Flávio Adauto (à direita) é diretor de futebol do Corinthians

Divulgação / Corinthians Flávio Adauto (à direita) é diretor de futebol do Corinthians

Como se já não bastasse o processo de impeachment que enfrenta, o presidente Roberto de Andrade tem mais um problema para administrar no Corinthians, desta vez envolvendo a diretoria de futebol. A pressão de conselheiros para a demissão de Flávio Adauto e Alessandro Nunes é grande e ganhou mais força após os casos envolvendo William Pottker e Moisés, ambos na última quarta-feira. O nome do ex-goleiro Yamada já é falado como possível integrante da cúpula do futebol.

A quase escalação de Moisés no jogo contra a Caldense foi vista como um erro grave e primário dos dirigentes. O lateral-esquerdo estava suspenso na Copa do Brasil, em decorrência de uma punição quando jogava no Bahia, e ninguém no clube sabia da informação. A novidade veio à tona na manhã de quarta-feira, horas antes da partida. Se ele tivesse sido utilizado, mesmo que no banco de reservas, o Corinthians poderia ser eliminado.

Em relação a William Pottker, a visão no clube é de que os dirigentes foram ingênuos ao achar que a Ponte Preta utilizaria o atleta apenas na disputa do Campeonato Paulista e também por ter divulgado que o negócio estava praticamente sacramentado – Flávio Adauto disse em entrevista coletiva que existia até a possibilidade de o jogador chegar no início do Estadual. Como Pottker jogou pela equipe de Campinas na Copa do Brasil, o clube desistiu da contratação.

Nesta quinta-feira, a Ponte divulgou nota em que nega ter conversado sobre a proibição de escalar o atacante na Copa do Brasil e que lamenta a decisão do Corinthians, já que o negócio estava certo. William Pottker, agora, pode se transferir para o Internacional.

Outra negociação que desgastou a imagem da dupla foi com o atacante Drogba. O marfinense chegaria como uma ação de marketing e os dirigentes ficaram incomodados por não ter participado da negociação. Só depois da divulgação da notícia é que eles tomaram par da situação.

O processo para a votação de impeachment de Roberto de Andrade será no próximo dia 20. Até lá, dificilmente o dirigente deve tomar alguma decisão sobre seus diretores, para evitar maior desgaste. Entretanto, um nome para assumir cargo na diretoria de futebol volta a ganhar força: o do ex-goleiro Yamada.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, ele admite sondagem feita no passado. “Tivemos algumas reuniões e recebi uma sondagem, até pela amizade que tinha com o Edu (Gaspar, ex-dirigente) e com o Alessandro, mas não nos falamos mais desde o ano passado”.

Yamada trabalha com Marcelo Robalinho, empresário de Jadson. O ex-goleiro participou diretamente das negociações com o clube para repatriar o meia. Ele tem bom relacionamento com Roberto de Andrade e com os atuais dirigentes do Corinthians.

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