Alex fala sobre jogo de despedida: “a emoção existe, vou tentar controlar”

  • Por Jovem Pan
  • 27/03/2015 17h09

O ex-meia Alex fará sua despedida do Palmeiras neste sábado (28)

Folhapress Ex-meia Alex

O ex-meia Alex irá fazer sua despedida oficial da torcida do Palmeiras na noite deste sábado (28), às 21h (de Brasília), em jogo festivo no Allianz Parque, e nesta sexta-feira, na Academia de Futebol, ele concedeu uma entrevista coletiva para falar sobre o cerimonial e a festa que os palmeirenses estão preparando.

Quando começou a falar, Alex relembrou um pouco de sua trajetória no Palmeiras.

“Cheguei aqui em 1997. Joguei durante três anos com jogadores fantásticos. Vim com uma missão difícil, de tapar um buraco deixado pelo Rivaldo e pelo Djalminha. A primeira pessoa que vi aqui foi o Galeano, que é uma bandeira palmeirense. Ele me falou: ‘Alex, muita sorte, porque substituir Rivaldo e Djalma não é simples’”, declarou o ex-jogador, que explicou a emoção por ter a chance de fazer uma partida de despedida.

“Eu vivi emoções absurdas em dezembro, no meu encerramento lá no Coritiba. E vivi meses tranquilos até a última semana, quando começou a logística de procurar jogadores, os convidados. Comecei a perceber que o jogo aconteceria. A emoção existe, vou tentar controlar para que eu desfrute”, frisou.

Sobre a seleção dos convidados para sua partida de despedida, o meia Alex ressaltou que não foi possível trazer todo mundo que ele desejava.

“Vão faltar muitos. Tinha uma lista inicial, e muitos desses jogadores estavam espalhados pelo mundo, com seus compromissos. Tentei fazer um apanhado de jogadores que trabalharam comigo no Flamengo, no Coritiba, no Cruzeiro e no Fenerbahçe. Do time de 99, infelizmente não achamos o Jackson e o Juliano”, admitiu. “Para escalar 11 jogadores seria complicado. O melhor lateral-direito que jogou ao meu lado seria o Arce, mas joguei na Seleção com Cafu, que naquele momento era o melhor lateral do mundo. Seria ruim colocar o Cafu, com quem joguei 40 jogos, e deixar fora o Arce, com quem joguei 200”, completou.

Em relação à sua trajetória no futebol brasileiro, Alex falou sobre os três clubes marcantes em sua carreira: Palmeiras, Cruzeiro e Coritiba.

“A minha história como atleta de futebol foi sempre relacionada ao Coritiba, ao Cruzeiro e ao Palmeiras. Cruzeiro e Palmeiras tenho carinho pela maneira como me trataram, o clube e o torcedor. O Coritiba é o meu clube, eu ia ao Couto Pereira quando era criança. Era meu sonho de menino”, observou.

O presidente Paulo Nobre abriu a coletiva focando na importância do atleta na história do clube de Palestra Itália.

“A Sociedade Esportiva Palmeiras entende que um clube como o Palmeiras só é grande porque tem história. Reconhecer seus ídolos é uma coisa fundamental. O Alex foi um garoto de 19 anos que veio para o Palmeiras em plena era Parmalat, quando isso aqui era uma constelação”, disse o mandatário do Verdão, que relembrou o icônico gol do ex-meia contra o São Paulo, em 2002. “O Alex tem uma jogada específica, um gol que ele marcou, que não levou a um título, mas foi comemorado como se fosse. Foi aquele gol majestoso, que só José Silvério conseguiu narrar com propriedade. Aquele gol maravilhoso contra o São Paulo, com um monte de chapéus. Um verdadeiro gol de placa. O Palmeiras gostaria de eternizar aquele gol em uma placa. Isso é a vontade de todo palmeirense. E nada mais justo que um jogador que ele já falou várias vezes que seria seu substituto, entregar a essa placa. É o Robinho”, frisou Nobre, antes de o meio-campista do Palmeiras entregar a placa comemorativa a Alex.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.