Amaldiçoada? Donos da camisa 10 colecionam lesões pelo Palmeiras

  • Por Jovem Pan
  • 20/02/2017 15h33

Moisés foi retirado de maca por conta de uma lesão no joelho com apenas 10 minutos de jogo

Divulgação / Cesar Greco / Ag Palmeiras Moisés foi retirado de maca por conta de uma lesão no joelho com apenas 10 minutos de jogo

Havia apenas 10 minutos de jogo quando Moisés precisou ser levado de maca após uma forte entrada que causou o rompimento de dois ligamentos do joelho. Antes mesmo de a torcida alviverde começar a comemorar os quatro gols que o Palmeiras marcaria no jogo, o que se via nas redes sociais eram lamentações pela lesão de uma das peças principais do time e um pedido: a “aposentadoria” da camisa 10.

Vista como “amaldiçoada” por alguns torcedores, todos os jogadores que vestiram a camisa 10 do Palmeiras na última década sofreram uma lesão grave: Valdivia, Cleiton Xavier, Barrios e, agora, Moisés.

Desde Alex, no fim da Era Parmalat , o Palmeiras não tem tido muita sorte com os herdeiros da camisa 10, que já foi vestida por nomes históricos como Ademir da Guia, Djalminha e Zinho.

Em 2001, Pedrinho assumiu a numeração mais importante do time e teve grande destaque no Brasileirão daquele ano até romper um ligamento no joelho, uma lesão semelhante a sofrida neste domingo por Moisés, e ficar afastado do time por oito meses.

O caso mais clássico de ausências por conta de lesões, não só da 10, mas na história recente do Palmeiras, foi Valdivia. Dono da “camisa amaldiçoada” nas duas passagens, em 2008 e 2015, o chileno ganhou o amor e o ódio dos palmeirenses.

O amor por ser um exímio meia, peça importante na conquista do Paulista de 2008 que encerrou um jejum de quase uma década sem títulos. E o ódio porque o chileno vivia lesionado. Segundo uma reportagem da Folha de São Paulo publicada em 2013, entre outubro de 2011 e outubro de 2012, Valdivia tinha mais lesões que gols marcados pelo alviverde: 10 a 9.

O primeiro que herdou a camisa após a saída definitiva do chileno foi Lucas Barrios. O paraguaio chegou ao Palmeiras em julho de 2015 e demorou apenas um mês para desfalcar o time, por conta de uma lesão na coxa. O histórico de contusões se estendeu mesmo depois que o atacante passou a vestir a camisa 8, apenas três meses após a sua contratação.

O seu substituto foi Cleiton Xavier, que voltou ao Verdão no começo de 2015 e passou o ano também com contusões, tendo atuado em apenas 17 jogos. Ele trocou de numeração em setembro deste mesmo ano, mas teve poucas participações até o fim da temporada, quando o Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil.

No começo de 2016, apostava-se que ele voltaria a ser o grande meia que foi em sua primeira passagem, mas sofreu uma contusão logo no começo da pré-temporada, ficando afastado por oito semanas.

O ano de CX10 até que não foi ruim, tendo o dobro de atuações que teve na temporada anterior e até marcando gols decisivos durante a campanha do título brasileiro. Mesmo assim, o Palmeiras optou por vender o atleta ao Vitória.

Moisés herdou o número de tantas glórias históricas e preocupações recentes após ser o grande destaque do ano anterior. Ele passou por uma cirurgia de retirada de pinos no pé esquerdo em dezembro, ganhou (literalmente, numa brincadeira de “caça ao tesouro”) a camisa 10 no começo do ano e só jogou sua primeira partida em 2017 na última quinta, contra o São Bernardo. No jogo seguinte, sofreu a lesão que deve deixá-lo fora dos gramados por seis meses.

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