Brunoro diz que Palmeiras deve sucesso a Paulo Nobre e o compara à Parmalat

  • Por Jovem Pan
  • 20/09/2016 12h29

José Carlos Brunoro foi o diretor executivo do Palmeiras entre 2013 e 2014

Cesar Greco/Agência Palmeiras José Carlos Brunoro foi o diretor executivo do Palmeiras entre 2013 e 2014

Do quase terceiro rebaixamento à Série B ao título da Copa do Brasil e à liderança do Campeonato Brasileiro. Tudo isso em menos de dois anos. O Palmeiras teve uma ascensão fulminante desde a inesquecível, e sofrível, última rodada do Brasileirão de 2014. Do triunfo do Santos que o livrou da degola até o atual 20 de setembro de 2016, o clube alviverde resgatou a sintonia com a torcida, engordou os cofres, conquistou um título e voltou a ser temido em âmbito nacional. Há algum responsável por isto? De acordo com José Carlos Brunoro, sim.  

Em entrevista exclusiva ao repórter Raphael Thebas, da Rádio Jovem Pan, o ex-diretor executivo do Palmeiras disse que, se não fosse Paulo Nobre, o clube alviverde ainda estaria agonizando – tanto dentro, quanto fora de campo. Dirigente de Nobre entre 2013 e 2014, o antigo homem forte da Parmalat foi além: para ele, o atual presidente foi tão importante ao Palmeiras quanto a empresa italiana – que, nos anos 1990, firmou parceria com o clube e o ajudou a formar grandes times e conquistar títulos de peso. 

Eu posso dizer com muita clareza que, se o Paulo Nobre não tivesse chegado ao Palmeiras, o clube ainda estaria em sérias dificuldades. Não só pelo lado financeiro, mas pela gestão profissional que ele fez tanto na base, quanto no time de cima e no marketing. A chegada do Paulo Nobre, na minha visão, é tão representativa ao Palmeiras quanto a chegada da Parmalat ao clube no início dos anos 1990″, cravou José Carlos Brunoro.

Hoje trabalhando com planejamento estratégico, o ex-dirigente alviverde é fã confesso da gestão Nobre. Foi o atual presidente alviverde, por sinal, quem promoveu o retorno de Brunoro ao clube, em 2013. Na ocasião, o dirigente sofreu com a falta de receitas do Palmeiras e nem de longe conseguiu fazer um trabalho parecido com o realizado entre 1992 e 1996 – quando intermediou as relações entre clube e Parmalat e montou times espetaculares, que tiraram o Palmeiras da fila e conduziram a equipe a algumas das maiores conquistas de sua história. 

Brunoro deixou o Palmeiras no fim de 2014, logo após o quase rebaixamento à Série B, mas ainda está de olho em tudo o que acontece no clube. Amigo pessoal de Nobre, fez questão de defender o presidente das críticas por “injetar dinheiro do próprio bolso” nos cofres alviverdes – para salvar a agremiação das dificuldades financeiras, o mandatário se aproveitou do bom trânsito que possui junto às instituições financeiras, deu o nome como garantia e fez empréstimos que superaram os R$ 100 milhões ao clube nos últimos anos. 

“O Paulo não investiu dinheiro do próprio bolso. Ele emprestou dinheiro. Em vez de buscar empréstimo no mercado, recebeu parte desses recursos profissionalmente e com juros abaixo do mercado. Ele não doou o seu dinheiro. Foi tudo muito profissional e bem feito“, tratou de esclarecer Brunoro, que, recentemente, prestou serviços ao Santos – para ajudar no planejamento estratégico do clube nos próximos oito anos.

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