Com um a menos, Palmeiras arranca empate fora de casa na estreia da Libertadores

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 08/03/2017 23h58 - Atualizado em 04/04/2017 16h32
Divulgação Conmebol Apesar do empate

Empatar fora de casa na Libertadores da América pode ser considerado um bom resultado, ainda mais quando o time tem um jogador expulso logo no primeiro tempo. Foi o que aconteceu com o Palmeiras diante do Atlético Tucumán, na noite desta quarta-feira. O time comandado por Eduardo Baptista teve que atuar durante 70 minutos com um a menos e mesmo assim saiu de campo com o empate em 1 a 1.

Com 17 participações na competição continental, o Palmeiras conseguiu controlar com o ímpeto e a pouca técnica do adversário calouro. A partida teve indícios de tragédia pela expulsão de Vitor Hugo no primeiro tempo, porém, terminou com resultado expressivo e justo, que fortalece o time brasileiro para os seus próximos compromissos.

O jogo inaugural forçou o Palmeiras a vivenciar de uma vez só quase todas as adversidades de uma Libertadores. Como em uma espécie de batismo, foi preciso maturidade para superar expulsão, conter a ira com o árbitro e administrar a pressão de um estádio lotado. O atual campeão brasileiro só não teve dessa vez a temida altitude.

A aguardada estreia do Palmeiras teve ciclos de otimismo, revolta, desespero e alívio. Tudo isso apenas no primeiro tempo. Em condições normais, como as vividas nos 20 primeiros minutos, o Palmeiras seria o favorito, por ter muito mais técnica e exibido paciência crescente para tocar a bola e ameaçar um adversário dedicado em impor velocidade e muita briga para chegar ao gol.

Mas quase nunca a Libertadores envolve condições normais. Por isso, o otimismo palmeirense desmoronou aos 21 minutos, quando Vitor Hugo foi expulso. O zagueiro levou dois cartões amarelos em sequência ao cometer faltas no campo de ataque. A revolta do time com o árbitro durou pouco, porque logo depois o Tucumán saiu na frente, com um gol de Zampedri, aos 24 minutos.

Naquele instante, o Palmeiras trocou a raiva pelo abatimento. Tinha um a menos, perdia o jogo e pela lógica, teria menos chances de igualar, pois o técnico optou por tirar Michel Bastos para reforçar a defesa com Antônio Carlos. O time levou minutos para se acalmar, até recuperar a tranquilidade em uma falta na área. Keno completou para empatar, aos 39.

O segundo tempo se apresentou como um desafio completo ao Palmeiras. Era um teste prematuro da tradução do que pode se esperar de uma Libertadores, pois era necessário domar o ímpeto do Tucumán, eufórico estreante em competições internacionais, e ao mesmo tempo ser inteligente para, com um jogador a menos, conseguir levar perigo.

Para o bem do Palmeiras, o tempo avançou na etapa final sem grandes sustos. O Tucumán era limitado demais para ameaçar, enquanto o time paulista foi seguro para conter o adversário e competente para conseguir boas investidas. Uma pena foi ter Borja em noite ruim. O colombiano teve três boas chances durante o jogo e não aproveitou. Ainda assim, não é motivo para reclamar. A atuação palmeirense é digna de deixar a torcida otimista.

Opinião Jovem Pan

Para o comentarista da Jovem Pan, Flávio Prado, o resultado conquistado pelo Palmeiras na Argentina foi bom, principalmente pelas circunstâncias da partida. “O Palmeiras tentou quebrar o ritmo do jogo no início, mas logo perdeu Vitor Hugo. O time da casa cresceu, ganhou força e abriu o placar. Mas, o Palmeiras reagiu ainda na primeira etapa”, analisou Flávio Prado.

Na segunda etapa, o comentarista da Jovem Pan disse que o time brasileiro poderia ter tido uma sorte maior, caso o atacante Borja tivesse aproveitando uma das três chances que teve de balançar a rede. “Hoje não era o dia do Borja, que perdeu três chances claras de gol. De qualquer maneira, o Palmeiras traz um bom resultado para a casa”.

Ouça os gols

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