Mattos tentou última cartada “anti-City”: um plano de carreira para Gabriel Jesus

Já faz quase um mês que o Palmeiras oficializou a venda de Gabriel Jesus para o Manchester City. Depois de uma intensa busca dos principais clubes europeus, o jovem atacante alviverde se encantou com o projeto de Pep Guardiola e aceitou o desafio de reforçar o time inglês a partir de janeiro de 2017. 

O que poucos sabem, no entanto, é que, mesmo depois do famoso contato telefônico do treinador com Gabriel Jesus, o Palmeiras buscou alternativas para segurá-lo no Brasil por mais tempo.  

Quem contou tudo foi Alexandre Mattos.  

Durante a festa de 102 anos do clube alviverde, na última quinta-feira, em São Paulo, o diretor de futebol do Palmeiras conversou com o repórter Fredy Junior, da Rádio Jovem Pan, e revelou que, dias antes de o jovem de 19 anos se apresentar à Seleção olímpica, procurou-o para lhe oferecer um plano de carreira. A intenção era seduzir o atacante a ficar no Palmeiras por mais alguns anos – mais ou menos como o Santos fez com Neymar, em 2011, diante do interesse do Chelsea.

“O Palmeiras tentou fazer um plano de carreira para o Gabriel”, revelou Alexandre Mattos. “Eu o chamei pessoalmente para conversar e falei que, se ele ficasse no Palmeiras, o clube lhe daria toda a tranquilidade financeira e de estrutura para crescer“, acrescentou. 

O camisa 33, no entanto, já estava decidido a trabalhar com Pep Guardiola. A decisão do jogador, de acordo com Alexandre Mattos, foi bem recebida pelo clube alviverde, que, a partir de então, passou a trabalhar para sacramentar o melhor negócio possível com o Manchester City. 

“A partir do momento em que ele definiu que iria sair no fim do ano, respeitamos e nos comprometemos a contribuir com a venda. Entendemos que tínhamos de fazer o nosso melhor… Acho que conseguimos. A venda do Gabriel foi a maior da história do Palmeiras. No fim, ficou bom para ele e para o clube“, admitiu Alexandre Mattos. 

A transferência de Gabriel Jesus foi fechada por 32 milhões de euros (R$ 121 milhões). Na melhor das hipóteses, o Palmeiras ficará com 52,5% deste valor, já que tinha 30% dos direitos econômicos do atleta e luta na justiça para ganhar os 22,5% que cabiam ao ex-agente do jogador, Fábio Caran. Os outros 47,5% serão embolsados por Gabriel Jesus e seu atual empresário, Cristiano Simões.