Nos últimos anos, só o Palmeiras não atrasou salários, revela sindicato de SP

  • Por Jovem Pan
  • 08/02/2017 18h16

Dono do maior patrocínio da América do Sul Cesar Greco/Agência Palmeiras Dono do maior patrocínio da América do Sul

Os atrasos salariais, que podem até provocar a paralisação o Campeonato Paulista, não são exclusividade de clubes médios e pequenos do estado de São Paulo. Em entrevista exclusiva a José Manoel de Barros que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, o presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo (Sapesp) revelou que, nos últimos anos, até mesmo jogadores de grandes clubes paulistas sofreram com atrasos de vencimentos.

De acordo com Rinaldo Martorelli, dos quatro maiores times do estado, somente o Palmeiras não atrasou salários nas últimas duas temporadas – foi a partir de 2015 que o sindicato passou a fechar o cerco contra clubes e federação. 

“Este problema existe em todas as esferas, infelizmente“, lamentou o presidente do Sapesp. “Nos últimos anos, nós tivemos problemas sérios com São Paulo, Corinthians, Santos… Só o Palmeiras não apresentou problemas. Tem de tudo: clube pequeno que paga em dia, clube pequeno que não paga… Grande que paga em dia, grande que não paga… Não dá para classificar por pequeno, médio e grande“. 

A situação é tão grave que até obrigou o sindicato a recorrer à Justiça contra a Federação Paulista de Futebol (FPF). Martorelli argumenta que a entidade parou de cumprir determinação estabelecida em 2012 – de que clubes devedores seriam punidos com perda de pontos ou rebaixamento. Depois de frustradas negociações, de acordo com o dirigente, não restou outra opção a não ser mover uma ação contra a FPF. 

Em 9 de março, uma audiência está marcada na Justiça do Trabalho. Espera-se que, neste dia, a federação apresente documentos comprovando a quitação dos débitos. Caso isto não aconteça, o risco de paralisação do Campeonato Paulista aumenta – apesar de este não ser o desejo do sindicato. 

“A gente não quer paralisação de campeonato de forma alguma. Queremos apenas o pagamento em dia dos salários dos atletas”, esclareceu Martorelli. “Ou a federação cumpre os requisitos da lei, ou suspende o campeonato… Nós queremos o campeonato em vigor e os atletas recebendo em dia. É o mínimo que um empregador pode oferecer a um empregado“, encerrou.

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